Na segunda-feira (22), os promotores em Valência, Espanha, abriram uma investigação sobre um caso de insultos racistas direcionados a ao jogador brasileiro Vini Jr., durante uma partida de futebol no fim de semana. O incidente colocou em evidência a questão do racismo no futebol espanhol, um problema reconhecido pelo próprio chefe da federação espanhola de futebol.
Crime de Ódio
A promotoria de Valência, cidade onde o incidente ocorreu, está abordando o caso como um possível “crime de ódio”, de acordo com fontes judiciais. A investigação foi iniciada depois que Luis Rubiales, da Real Federação Espanhola de Futebol, pediu uma postura de tolerância zero em relação a atos racistas.
Solidariedade ao jogador
Vinícius, o jogador de 22 anos que foi alvo dos insultos, recebeu apoio de gestores, jogadores e ex-jogadores tanto do Brasil quanto da Espanha. No domingo, durante a derrota do Real Madrid para o Valencia no Campeonato Espanhol, Vinícius considerou deixar o campo após enfrentar insultos racistas por parte dos torcedores.
Um problema sério
Rubiales fez uma declaração contundente sobre a questão, reconhecendo que o país enfrenta problemas de racismo. “Temos um problema de comportamento, de educação, de racismo”, disse Rubiales. “Enquanto houver um fã ou um grupo de fãs fazendo insultos com base na orientação sexual, cor da pele ou crença de alguém, teremos um problema sério”.
Detenções feitas
Por volta das sete da manhã, a polícia deteve quatro indivíduos, três dos quais são membros da Frente Atlética, uma organização do Atlético de Madrid. Todos os detidos, cujas idades variam entre 19 e 24 anos, são espanhóis. Um deles possui histórico criminal por crime de lesão corporal.
Esta investigação marca mais um episódio na luta contra o racismo no futebol. O incidente na Espanha lembra que, embora progressos tenham sido feitos, a discriminação e o ódio persistem, mostrando a necessidade de continuarmos combatendo esse comportamento tanto dentro quanto fora do campo.