Sites

newsletter

assine

newsletter

sites

podcasts

play

assine

entre

Publicidade

Luiza Martins lança primeiro DVD após morte do parceiro de dupla Maurílio: 'Chorei em muitos shows'

Luiza Martins teve que se reerguer após a morte do parceiro de palco Maurílio, em dezembro de 2021 por um tromboembolismo pulmonar – uma obstrução parcial ou total da artéria pulmonar – aos 28 anos. Ele passou mal durante a gravação do DVD da dupla, chegou a ser internado, mas não resistiu. Desde então, a cantora voltou a se apresentar em 2022, agora na carreira solo, e lança nesta sexta-feira, 20, a primeira música do DVD, “Ponto Final”, sua parceria com Murilo Huff.

A canção faz parte do primeiro DVD solo, chamado “Continua ao vivo em Brasília”. Ela revelou que viver esse projeto sem o parceiro trouxe muitas lembranças e alguns gatilhos.

“Foi muito gratificante concretizar um projeto tão bonito que foi feito com tanto amor, mas a parte de fazer isso sem ele foi muito difícil. Viver aquela atmosfera de gravação, cenário e ver as coisas acontecendo sem ele me deu muito gatilho. Foi uma fase que oscilava entre ficar muito feliz com o que estava acontecendo e muito triste porque sentia muita falta dele”, disse.

A escolha do primeiro lançamento foi a música com Murilo Huff, que também perdeu Marília Mendonça, ex-namorada e mãe de seu filho Leo, de forma inesperada em um acidente aéreo.

“O Murilo sempre foi uma pessoa muito querida. Por mais que a gente tivesse vivendo momentos parecidos, não foi exatamente por isso o convite, foi porque sempre que ouvia a música, lembrava dele, imaginava ele cantando junto comigo e, por coincidência, ele me perguntou como é que estava a música, se ele poderia gravar e falei que queria gravar com ele.”

No papo com gshow, Luiza também falou sobre sua vida pessoal. Há dois anos namora a ex-BBB e médica Marcela Mc Gown. Após a participação no reality, as duas se encontraram durante uma viagem no Nordeste, mas só em um encontro em São Paulo ficaram juntas e não se desgrudaram mais.

“Nós moramos juntas desde o começo. Nós começamos a namorar na época da pandemia, aquele momento que a gente pensava que ia acabar, mas não acabava. Aí ela falou: ‘por que você não vem para São Paulo?’ A gente não pode ficar pegando avião’. Achei que ela estava de conversa para cima de mim, aí ela falou de novo e fui morar com ela, desde o segundo mês de namoro.”

Por ser médica, Marcela tem uma rotina de demadas durante a semana. Já Luiza, por ser cantora, faz shows nos finais de semana. Para ficarem juntas, as duas se apoiam em seus compromissos.

“Faço muita questão de estar nos compromissos dela, desde ir ao salão, até fazer uma palestra, ir ao escritório dela. Ela sempre que pode vai comigo no show nos finais de semana. A gente faz muita questão da companhia uma da outra, a gente gosta. Aproveitamos os shows até para ficar mais juntinhas. Nossa rotina é muito corrida.”

gshow: Você vai usar agora o nome Luiza Martins, como chegou a decisão?

“É o meu nome de batismo. Antes de cantar com o Maurilio, já cantava sozinha e usava o Luiza Martins, quando comecei com ele a gente mudou o nome. Quando ele faleceu e comecei a pensar nisso de novo, pensei se colocaria só Luiza ou cantora Luiza, mas decidi colocar o Luiza Martins mesmo, achei forte, é o meu nome, a minha verdade. Como nesse trabalho tenho o intuito de mostrar o máximo minha verdade, a Luiza de dentro para fora, nada mais justo de colocar o meu nome.”

gshow: Vai ter alguma homenagem para o Maurílio?

“Teve uma homenagem linda no dia da gravação do DVD. Foi muito emocionante, especial, todo mundo sentiu a minha dor, chorou comigo. Ao mesmo tempo que foi um momento de saudade, também foi muito bonito porque as pessoas homenagearam ele, foi lindo ver o tanto de carinho que as pessoas tinham e tem por ele. A música chama ‘Continua’ e é exatamente o nome do projeto, uma música que ele gostava muito, a gente tinha gravado, mas não lançou. Foi a única música que ele colocou a primeira voz. Ele merece todas as homenagens do mundo.”

gshow: Pretende seguir uma nova vertente? As músicas vão falar mais sobre mulheres ou outros temas?

“O meu selo é o sertanejo. Sobre as músicas, me descobri mais a fundo agora como compositora porque antes compunha muito pontualmente, então não consigo falar exatamente qual a linha que escolhi sobre o que falar nas músicas, mas tenho uma linha melódica muito forte. Independente de ser só um papo para mulheres ou só para homens, gosto de coisas cotidianas, quando as pessoas me contam as histórias. Minha cabeça trabalha muito assim, se alguém me conta a história de um término, já penso e vou inventando o resto, porque não é necessariamente sobre uma história verídica.”

gshow: Como está sendo tocar esse projeto e entrar no palco sem seu parceiro?

“Quando eu voltei a fazer show sozinha, foi muito difícil, chorei em muitos shows. Quis colocar o Maurílio na minha vida em um lugar bom, quis pensar nele de forma boa, senão é muito dolorido. Penso que queria ele comigo vivendo isso, mas tudo bem, entendo os planos de Deus e ele sempre está comigo, me assistindo da onde estiver.”

gshow: Como é a responsabilidade de representar as mulheres no sertanejo e na comunidade LGBTQIA+?

“Para ser sincera, não sabia que era uma responsabilidade até de fato ter um relacionamento mais exposto, sempre fui mais reservada. Quando comecei a namorar com a Marcela, talvez tenha sido a primeira vez que tenha sentido essa necessidade de mostrar para o mundo que você ama muito. Quando assumimos nosso namoro, as pessoas vinham falando que éramos representatividade. Falavam: ‘Você estando no sertanejo e sendo uma mulher lésbica, significa muito para a gente’. Fui entendendo ao longo do caminho. As pessoas conversam e me agradecem muito, a gente sabe que uma pessoa que tem notoriedade encoraja outras, isso é muito importante, sinto uma coisa muito gostosa no coração.”

Com informações do GShow

Veja mais

Publicidade