O governo eleito do PT decidiu que a segurança de Lula, presidente da República eleito, não será mais gerenciada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A avaliação é de que a pasta foi infiltrada por aliados de Bolsonaro e coloca em risco a segurança do petista. Após a posse, pela primeira vez nos últimos anos, a Polícia Federal continuará fornecendo proteção aproximada a Lula até uma reestruturação definitiva.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, o delegado federal Alexsander Castro Oliveira será o responsável por esse trabalho. Atualmente, a responsabilidade pela segurança presidencial como um todo é do GSI, que está sob o comando de Augusto Heleno, aliado de Jair Bolsonaro (PL). Como avaliou que a pasta está cheia de bolsonaristas descontentes com a eleição de Lula, a equipe da PF com Lula centralizou a segurança do futuro presidente e excluiu a equipe de Heleno de participar dos cuidados da posse. Em geral, uma vez empossado, Lula ficaria sob os cuidados do GSI até que o novo ministro e sua equipe assumam os cargos oficialmente.

O Partido dos Trabalhadores (PT) também decidiu que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) não ficará responsável pela segurança de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após sua posse, mesmo que por apenas um dia. As nomeações para os ministérios serão publicadas no Diário Oficial da União em 1º de janeiro, e as posse acontecerão no dia seguinte.

O novo governo planeja fazer uma reestruturação logo no início do mandato e está estudando a possibilidade de editar um decreto para oficializar a mudança, que seria publicado assim que Lula assumir o cargo. A Polícia Federal será comandada por Andrei Augusto Passos Rodrigues, que é responsável pela segurança de Lula desde o início da campanha. Embora antes houvesse resistência entre os integrantes da equipe de transição em relação à mudança, agora é consenso.

A proposta também sugere a retirada da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) do GSI, mas integrantes do governo eleito afirmam que essa parte ainda não está madura e será tratada em um momento posterior.