O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, se aposentou no último dia 23, conforme publicado no Diário Oficial da União (DOU). Ele deixou o cargo máximo da corporação na terça-feira anterior, com 47 anos de idade e 27 anos de contribuição para a Previdência.
Vasques se beneficiou de uma regra que existia quando ele entrou na PRF em 1995, permitindo a aposentadoria com 20 anos de atividade policial independentemente da idade. Atualmente, a aposentadoria só é possível com uma idade mínima de 55 anos e 25 anos de atividade policial, devido às alterações feitas na Previdência dos servidores. A informação é da Folha de São Paulo.
A exoneração de Silvinei Vasques do cargo foi assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e publicada na terça-feira.
Vasques está sendo investigado por três atos que teriam ultrapassado suas atribuições como diretor da PRF para beneficiar o presidente Jair Bolsonaro nas eleições deste ano. Primeiro, ele publicou uma foto da bandeira do Brasil com o texto “vote 22. Bolsonaro presidente” em seu perfil no Instagram, um dia antes do segundo turno das eleições. A postagem viralizou nas redes sociais antes de ser excluída.
Em segundo lugar, Vasques ordenou uma operação da PRF na manhã do segundo turno para verificar o transporte ilegal de pessoas, apesar da proibição expressa de atuação da PRF no dia do pleito, decidida pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, no dia anterior ao segundo turno.
A operação realizada pela PRF foi encerrada após um encontro entre Vasques e o juiz Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na tarde do domingo de eleição. Durante o encontro, Moraes solicitou o término da operação. Segundo apurado pela Folha, até as 12h35 daquele dia, a PRF já havia realizado 514 ações de fiscalização de ônibus.