O gigante bancário suíço UBS está prestes a adquirir seu rival Credit Suisse em um acordo que criará uma nova potência financeira com mais de US$ 5 trilhões em ativos. A fusão, que deve ser concluída em junho, é o primeiro grande resgate bancário desde a crise financeira de 2008.
Espera-se que o UBS sofra um impacto de US$ 17 bilhões com a aquisição, mas também registrará um ganho pontual de US$ 34,8 bilhões do chamado “deságio negativo” de comprar o Credit Suisse por uma fração de seu valor contábil. O colchão financeiro ajudará a absorver possíveis perdas e pode resultar em um aumento no lucro do UBS no segundo trimestre.
Além do golpe financeiro, o UBS também implementou uma série de restrições ao Credit Suisse enquanto a aquisição está em andamento. Essas restrições incluem limites de empréstimos, despesas de capital e remuneração de funcionários.
O acordo é visto como um passo necessário para fortalecer o setor bancário suíço, abalado por uma série de escândalos e prejuízos nos últimos anos. O Credit Suisse, em particular, tem enfrentado uma série de problemas, incluindo uma perda de US$ 5,5 bilhões em seu investimento no banco de investimentos falido Greensill Capital.
Espera-se que a fusão crie um setor bancário suíço mais estável e competitivo. Também criará um novo gestor de patrimônio global com forte presença na Europa e nos Estados Unidos.
No entanto, o negócio não é isento de riscos. O UBS precisará integrar as operações do Credit Suisse de maneira harmoniosa e eficiente. Também precisará gerenciar o potencial de perda de empregos e escrutínio regulatório.
No geral, a fusão do UBS e do Credit Suisse é um desenvolvimento positivo para o setor bancário suíço. É um passo necessário para fortalecer o setor e criar um sistema financeiro mais estável e competitivo.