Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e delegado da Polícia Federal, poder ter um corte em sua remuneração após ser preso por suposta omissão durante os atos golpistas do 8 de janeiro.
Segundo informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a PF abriu um processo administrativo que deverá resultar no corte do salário que Torres ainda recebe. Ele tem uma remuneração de cerca de R$ 30 mil mensais como delegado.
Além disso, Torres poderá ser expulso da corporação num segundo momento.
Anderson Torres presta depoimento à Polícia Federal
Nesta segunda-feira, 8, ele prestará depoimento à PF sobre as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na eleição passada. A PF apura se houve uma tentativa do Ministério da Justiça, quando Torres era ministro, de usar a PRF para dificultar o deslocamento de eleitores em redutos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A prisão de Anderson Torres foi realizada em 14 de janeiro deste ano, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é acusado de omitir informações relevantes às investigações sobre os atos golpistas do 8 de janeiro. A prisão foi acompanhada por outras ações da PF, que também realizou buscas e apreensões em endereços relacionados ao ex-secretário.
A abertura do processo administrativo para o corte do salário de Anderson Torres é mais um desdobramento das investigações em torno dos atos golpistas de janeiro. As autoridades têm trabalhado para identificar e responsabilizar todos os envolvidos nos atos que geraram confrontos com a polícia e danos materiais às instalações públicas.