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Indicador de qualidade do MEC aponta crescimento da Uece

A Universidade Estadual do Ceará (Uece) alcança mais uma conquista. A chamada “Nota do MEC” divulgada em 2023 aponta o crescimento da qualidade da instituição. Trata-se do Índice Geral de Cursos (IGC) 2021, em que a Uece obteve nota 3,420, mantendo-se na faixa 4, perfil considerado “muito bom”.

Nesta edição foram avaliadas 2.012 Instituições de Ensino Superior, das quais somente 22,5% obtiveram IGC faixa 4 e apenas 2,3% obtiveram nota 5. O IGC é um dos Indicadores de Qualidade da Educação Superior produzidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

O indicador é desenvolvido a partir de média ponderada das notas dos cursos de graduação e de pós-graduação das instituições. O resultado é expresso em valores contínuos, de 0 a 500, e em faixas, de 1 a 5. Dessa forma, é sintetizada, em um único indicador, a qualidade de todos os cursos de graduação e de pós-graduação de cada instituição de ensino superior.

O índice contínuo de 3,420 obtido pela Uece nessa avaliação mostra um crescimento de 12,83% comparado à avaliação anterior. Segundo o reitor da Universidade, professor Hidelbrando Soares, “esse resultado é fruto de um nível de maturidade acadêmico-científica que a Uece atingiu, nos últimos anos, a partir do trabalho de professores e pesquisadores da instituição. Com isso, na graduação, formamos – e formamos bem – profissionais para as diversas áreas do conhecimento e, na pós-graduação, desenvolvemos pesquisa científica e inovação que têm forte impacto para além de nossos muros”. O reitor ressalta, ainda, que “historicamente, a Uece se destaca regional, nacional e internacionalmente em algumas áreas, mas a maturidade acadêmico-científica nos coloca em um outro patamar, mais elevado, que nos consolida nas áreas em que já tínhamos destaque e nos fortalece em áreas que têm, no talento e na engenhosidade de nossos professores e pesquisadores, terreno fértil para crescer”.

Para chegar ao resultado, o IGC leva em consideração a média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu, atribuídos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) na última avaliação; a distribuição dos estudantes entre as diferentes etapas de ensino superior (graduação ou pós-graduação stricto sensu); e a média do Conceito Preliminar de Curso (CPC), que foi também divulgado.

Conceito Preliminar de Curso

O CPC leva em conta a qualidade de ensino dos cursos de graduação avaliados no último ciclo do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), a avaliação do corpo docente pelo Censo da Educação Superior e a percepção dos estudantes obtidas através de questionário do Enade.

Para o CPC, 59 cursos da Uece foram avaliados, dos quais 25 obtiveram nota 4, indicando que mais que triplicaram os cursos da instituição com esse conceito. Esses cursos de alta qualidade estão espalhados pelos campi da Uece – 10 em Fortaleza (Itaperi e Fátima), seis em Quixadá (Feclesc), cinco em Limoeiro do Norte (Fafidam), um de Iguatu (Fecli), um em Tauá (Cecitec), um em Crateús (Faec) e um em Itapipoca (Facedi).

Para o reitor Hidelbrando Soares, esses números apontam “o crescimento da Universidade de modo descentralizado, para mais perto de sua gente”. “Destaco o nosso crescimento no interior do estado, onde, historicamente, temos presença e atuação consolidadas em todo o Ceará. A pós-graduação e a pesquisa no interior, sem dúvidas, são estratégicas para o desenvolvimento do estado e para a inclusão social, pois mais pessoas têm a oportunidade de cursar mestrados e doutorados com qualidade e excelência em seus próprios municípios e de continuar atuando nas microrregiões do interior”, completa.

Os resultados do CPC e do IGC, além de ajudarem na definição de políticas públicas e de processos de autoavaliação institucional, são também utilizados nos processos de supervisão e regulação da Educação Superior; na definição da matriz orçamentária da rede federal de Educação Superior; na autorização para oferta de cursos de pós-graduação stricto sensu a distância; e em programas e políticas públicas do Governo Federal, como Universidade Aberta do Brasil (UAB), Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor).

A avaliação abrangeu 77,7% de cobertura do total de instituições ativas no Censo da Educação Superior 2021. Para calcular o IGC, foram utilizados resultados de 23.585 cursos com CPC no triênio (2018, 2019 e 2021) e 4.834 programas stricto sensu (Capes 2021).




Fonte: Governo do Ceará

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