Estar em dia com a situação vacinal é um cuidado simples e que colabora não apenas com a saúde individual, mas também com a segurança coletiva. No Brasil, desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), no início dos anos 1990, campanhas nacionais sobre a importância dessa proteção garantiram a queda da incidência de diversas doenças, como poliomielite, sarampo, tétano, rubéola e coqueluche. Conquista ameaçada nos últimos anos pela falta de incentivo e redução de campanhas, desinformando e mentindo sobre a segurança e eficácia das vacinas que, histórica e comprovadamente, salvaram milhares de brasileiros nas últimas décadas.
Serviço de utilidade pública gerido pelo Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis (SVSA/MS), que disponibiliza o acesso aos imunizantes necessários para segurança sanitária da população. Mais de 20 vacinas com recomendações específicas para crianças, adolescentes, adultos, gestantes e idosos, em conformidade com o Calendário Nacional de Vacinação, são ofertadas gratuitamente pelo SUS. A rede também distribui outros medicamentos importantes para a prevenção e tratamento de doenças, como imunoglobulinas, soros e imunobiológicos especiais.
Para ter acesso a essa cobertura de proteção, basta visitar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, munido de um documento de identificação com foto e, principalmente, o cartão de vacinas. Ele é o documento que comprova quais imunizantes já foram administrados no paciente e deve ser guardado junto aos demais documentos pessoais.
Em caso de extravio, o Ministério da Saúde recomenda que o cidadão procure o posto de saúde onde habitualmente recebe as doses para resgatar o histórico de vacinação e fazer a segunda via do documento. Vale lembrar que a ausência dele não impede o acesso aos imunizantes disponíveis, pois na UBS é possível avaliar a situação vacinal e receber as doses conforme prevê o Calendário Nacional.
A vacina é segura!
A aplicação do imunizante pode causar algumas reações eventuais, como febre e dor local, que geralmente são leves e passageiras, mas é importante ressaltar que a proteção oferecida é significativamente maior do que os possíveis sintomas.
Toda vacina licenciada passa por um rigoroso processo de avaliação, desde o desenvolvimento até a produção e a fase final. Os imunizantes são avaliados por institutos reguladores. No Brasil, esse processo é feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vinculada ao Ministério da Saúde. Mesmo após a aprovação da vacina, os órgãos continuam o acompanhamento de possíveis eventos adversos, para garantir a segurança da população.
Quando se vacinar?
As vacinas fazem parte da vida dos brasileiros desde o nascimento e são fundamentais para a segurança de bebês, crianças e adultos. Na primeira etapa do Movimento Nacional pela Vacinação, a imunização será com doses de reforço bivalentes contra a Covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença. Neste primeiro momento, serão vacinados idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
Em seguida, conforme o avanço da campanha e o cronograma de entrega de doses, outros grupos serão vacinados, como as pessoas entre 60 e 69 anos, as pessoas com deficiência permanente, os trabalhadores da saúde, gestantes e puérperas e a população privada de liberdade. Esses grupos precisam ficar atentos às informações de seus municípios para saber o momento de procurar uma unidade de saúde.
Quem ainda não completou o ciclo vacinal ou está com alguma dose em atraso, pode procurar uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo que não esteja no grupo prioritário.
Na segunda etapa, prevista a partir de março, o reforço da vacinação contra Covid-19 será focado em toda população acima de 12 anos e para as crianças e adolescentes. Já em abril, começa a quarta etapa com campanha da Influenza e, a partir de maio, a quinta etapa terá chamamento para atualização de caderneta de vacinação com as vacinas de todo o Calendário Nacional de Vacinação, com ações nas escolas do país.
Edis Henrique Peres
Ministério da Saúde