Adolescentes do Centro Socioeducativo Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, produziram, dirigiram, editaram e protagonizaram o curta “O Calculador”, na programação da Oficina de Arte do mês de fevereiro na unidade do Cariri. A ideia surgiu em outubro do ano de 2022, nas aulas de Linguagens, ministradas pela professora Kátia Alencar.
Durante todo o mês foi trabalhado o livro “Drogas, Por Quê?”, do escritor José Herman Normando Almeida. Em seguida, Cristiano Ramos, professor de Teatro da unidade, teve a ideia de criar um texto fictício que abordasse esse assunto que foi trabalhado no período.
De início, o texto seria utilizado para uma leitura dramatizada com os adolescentes e, posteriormente, transformado numa peça/esquete para ser apresentada no “Abraços em Família”. Mas o professor de teatro quis expandir ainda mais a ideia e resolveu criar um curta-metragem, pois observou muito potencial na história.
Mas a ideia central adormeceu e o curta não foi finalizado durante esse período. No fim do ano passado, os adolescentes começaram a estudar sobre edição de áudio e vídeo, criação de roteiro, direção e produção de filmes curtos. As gravações se deram no meio do mês de janeiro e duraram uma semana. Na sequência, aconteceu todo o processo de edição final do filme que foi apresentado para os familiares no Abraços em Família do mês de fevereiro que tinha como tema “Drogas e Alcoolismo”.
O que narra o filme?
O filme intitulado “O Calculador” narra a história de Miguel, um jovem que vive num lugar onde todas as pessoas são algarismos e enfrentam o dilema de serem quem são na tentativa de, um dia, subirem de número para conseguirem se enquadrar numa sociedade que exclui, não dá suporte e nem as mesmas oportunidades para todos. O protagonista, então, conhece o “Tropeço”, um psicotrópico que será responsável por grande parte das lamúrias que ele precisará enfrentar dali em diante. Com direção de Cristiano Ramos, junto aos adolescentes da oficina de Teatro do Centro Socioeducativo Padre Cícero, “O Calculador” é uma história de amor e superação e uma ode à semiótica.