O Governo Federal lança nesta segunda-feira (27/2), por meio do Ministério da Saúde, o Movimento Nacional pela Vacinação com o propósito de retomar as altas coberturas vacinais do Brasil. Com a mensagem “Vacina é vida. Vacina é para todos”, a mobilização inclui vacinação contra a Covid-19 e outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação em várias etapas. A ação é uma das prioridades do governo brasileiro para a reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS), da confiança nas vacinas e da cultura de vacinação do país.
“Vamos trabalhar para que o Brasil volte a ter números satisfatórios de imunização e investir em saúde e proteção”, destacou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Os índices vacinais sofreram quedas drásticas nos últimos anos, agravadas com a falta de incentivo e campanhas do governo passado. Considerado um país pioneiro e uma referência internacional em campanhas de vacinação, o Brasil vem apresentando retrocessos nesse campo e praticamente todas as coberturas vacinais estão abaixo da meta. “Em 2015, o Brasil atingiu uma média de 95% de pessoas completamente imunizadas dentro do público-alvo de cada vacina do Programa de Imunizações, média que chegou a preocupantes 60,8% em 2021”, acrescentou Lula. “Depois de um triste período de negacionismo e descrença na nossa ciência, o governo federal e o Ministério da Saúde voltarão a cuidar do povo brasileiro”.
Em uma primeira etapa, que começa em todo Brasil nesta segunda, a vacinação será com doses de reforço bivalentes contra a Covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença. Neste momento, serão vacinados idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas. Cerca de 18 milhões de brasileiros fazem parte desse grupo e o Ministério da Saúde distribuiu cerca de 19 milhões de doses de vacinas Covid-19 para todos os estados e Distrito Federal.
Em seguida, conforme o avanço da campanha e o cronograma de entrega de doses, outros grupos serão vacinados — como as pessoas entre 60 e 69 anos, os trabalhadores da saúde, gestantes e puérperas, as pessoas com deficiência permanente e a população privada de liberdade. Esses grupos precisam ficar atentos às informações de seus municípios para saber o momento de procurar uma unidade de saúde.
O Ministério da Saúde segue em tratativas para garantir as entregas de vacinas dos laboratórios fabricantes, diante do desabastecimento deixado pela gestão passada. Novos envios de doses ocorrerão gradualmente, conforme o avanço da vacinação no público-alvo planejado. Os estados e municípios que completaram a imunização de determinado público prioritário e tiverem disponibilidade de doses, poderão avançar na vacinação para os próximos grupos.
CALENDÁRIO NACIONAL — Na segunda etapa, prevista a partir de março, o reforço da vacinação contra Covid-19 será focado em toda população acima de 12 anos e para as crianças e adolescentes. Em abril, começa a terceira etapa com campanha da Influenza e, a partir de maio, a quarta etapa terá chamamento para atualização de caderneta de vacinação com as vacinas de todo o Calendário Nacional de Vacinação, com ações nas escolas de todo país.
Para atingir a meta de 90% de cobertura vacinal em todos os grupos, o Ministério da Saúde está reconstruindo a relação plena com as sociedades científicas e o diálogo com estados e municípios, em uma lógica interfederativa na tomada de decisões. Para todas as estratégias de vacinação propostas, o comprometimento e a união da sociedade serão essenciais para que as campanhas tenham efeito. O objetivo é informar a população sobre a importância, eficácia e segurança das vacinas e os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas, além da reintrodução de vírus já erradicados no Brasil.