Brasília (DF) – O ministro Waldez Góes participou nesta sexta-feira (24), em Santos (SP), de uma reunião com 12 prefeitos da Baixada Santista e do Vale do Ribeira, além de parlamentares paulistas, para ratificar o apoio da Força-Tarefa do Governo Federal, coordenada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), aos municípios do estado de São Paulo atingidos por chuvas intensas. Os ministros de Portos e Aeroportos, Márcio França, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, também participaram.
“A presença de vários ministérios do Governo Federal, essa união de esforços, é uma dinâmica nova determinada pelo presidente Lula para enfrentarmos melhor os problemas gerados pelos desastres naturais”, destacou Góes. “São questões que vão continuar acontecendo, uma vez que temos milhares de pessoas vivendo em lugares de risco, além do agravamento das mudanças climáticas. Quando essa equação se fecha, os resultados são muito tristes”, comentou.
O ministro Márcio França comentou a necessidade de utilizar o Programa Minha Casa, Minha Vida para ajudar a população em áreas de risco. “Tenho defendido usar a priorização das casas do Minha Casa, Minha Vida para locais onde existem áreas de risco. É sempre importante construir casas, mas nesses lugares é ainda mais importante. Entra ano, sai ano, continuamos apanhando com essa situação e fica a sensação de que não fizemos tudo que foi possível”, apontou.
A ministra Sônia Guajajara ressaltou a importância da atuação transversal dos ministérios para atender a população. “Temos procurado nos aproximar com os prefeitos das cidades onde tem territórios indígenas, onde tem aldeias, para que possamos estabelecer essa relação entre município, estado e Governo Federal. Estou como ministra dos Povos Indígenas, mas sabemos que estamos respondendo também por várias outras áreas, pois é importante essa integração”, afirmou.
Estiveram presentes ao encontro os prefeitos das cidades de Peruíbe, Luiz Maurício; Itanhaém, Tiago Cervantes; Mongaguá, Márcio Cabeça; Cubatão, Ademário Barreto; São Vicente, Kayo Amado; Praia Grande, Raquel Chini; Santos, Rogério Santos; Guarujá, Válter Súman; Bertioga, Caio Matheus; Eldorado, Dinoel; Juquiá, Gilberto Tadashi Matsusue; e Registro, Professor Nilton Hirota.
Durante a reunião, Góes destacou a importância do sistema de monitoramento da Defesa Civil Nacional e defendeu a necessidade de que a população esteja preparada para lidar com os alertas de desastres. “O Governo está presente, mas é necessário aprimorar ainda mais a questão do monitoramento. Pactuar com todos os níveis de poder e estruturar sistemas de alertas. Nas áreas de maior risco, precisamos de sirenes. Não é só a tecnologia, todos temos que nos reeducar para esses sistemas”, afirmou.
Na tarde desta sexta-feira, os ministros participaram de um sobrevoo nas áreas afetadas pelas fortes chuvas em São Sebastião. Também foi realizada visita à Vila Haydar para reconhecimento dos problemas causados pelas fortes chuvas.
Participação in loco
A Força-Tarefa do Governo Federal chegou na cidade de São Sebastião na manhã de quinta-feira. O ministro Waldez Góes visitou o navio-aeródromo multipropósito Atlântico, enviado pela Marinha para reforçar o atendimento médico aos desabrigados pelo desastre, por meio de um hospital de campanha.
Na tarde da quinta-feira, Waldez Góes participou de reunião com prefeitos dos municípios do litoral norte de São Paulo atingidos pelas fortes chuvas. Saiba mais neste link.
Calamidade pública e repasses
Na última segunda-feira (20), a Defesa Civil Nacional reconheceu, de forma sumária, o estado de calamidade pública nas cidades de São Sebastião, Caraguatatuba, Guarujá, Bertioga, Ilhabela e Ubatuba. O objetivo foi agilizar as medidas de assistência à população afetada, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura pública danificada.
Quatro dessas cidades já receberam recursos para atendimento à população afetada. Foram autorizados repasses de R$ 7 milhões para São Sebastião, R$ 1,3 milhão para Caraguatatuba, R$ 284,8 mil para Ubatuba e R$ 898,8 mil para Bertioga, totalizando R$ 9,5 milhões. Os municípios vão usar os recursos na compra de cestas básicas, kits de limpeza, dormitório, higiene pessoal, colchões e combustível. Outros repasses estão previstos à medida que os planos de trabalho sejam enviados pelas prefeituras e aprovados pela Defesa Civil Nacional.