A iniciativa visa a proteção da fauna brasileira a partir do monitoramento dos locais de desova de tartarugas no litoral cearense
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) une esforços para monitorar as áreas de desovas das tartarugas marinhas no litoral cearense. A iniciativa visa a proteção dos ecossistemas marinhos e preservação das espécies. Por isso, o CBMCE vem apoiando o trabalho da Organização Não Governamental (ONG) do Instituto Verdeluz, que promove o Projeto Gtar-Verdeluz, com o monitoramento de locais de desova.
Equipes de guarda-vidas da 1ª Companhia de Salvamento Marítimo (1ªCSMar) do Batalhão de Busca e Salvamento (BBS) do CBMCE apoiam os trabalhos de monitoramento, sinalização e fiscalização do Grupo de Estudos e Articulações Sobre Tartarugas Marinhas (GTAR) do Instituto Verdeluz, que são realizados na região da Praia do Futuro, na Área Integrada de Segurança 10 (AIS 10) da Capital; e das praias da Sabiaguaba, da Abreulândia e da Cofeco (AIS 7). Os monitoramentos são realizados nos ninhos de desova todas às sextas-feiras.
Segundo o capitão Igor de Oliveira Cabral, da 1ª Companhia de Salvamento Marítimo, o acompanhamento é feito no período de desova das tartarugas e é regida, principalmente, pela temperatura. No litoral do Ceará, acontece entre os meses de novembro a julho. “Todas às sexta-feiras, os guarda-vidas da 1ªCSMar com o GTAR do Instituto Verdeluz, fazem o monitoramento, para localizar os locais de desova das tartarugas, bem como, realizar a marcação e identificação. Esse trabalho é realizado de novembro a julho. Fazemos esse monitoramento desde o momento da desova das tartarugas, marcando os locais de ninho, a observação se os ninhos continuam lá para não serem violados. Acompanhamos também o nascimento dos filhotes. Após a postura dos ovos que acontece 60 dias depois já acontecem as primeiras eclosões. Todos esse monitoramento é realizado com o apoio do Instituto Verdeluz, eles entram com os profissionais capacitados para o manejo dos ovos. Já o CBMCE com o transporte, a viatura 4×4, o quadriciclo e as equipes de bombeiros militares”, explica o oficial.
A importância de preservar os ninhos das tartarugas. A princípio, é o cuidado com a extinção da espécie. Por isso, a preservação dos ninhos é crucial para a sobrevivência e o aumento da população de tartarugas marinhas. A preservação dos ninhos garante, ainda, o período de eclosão dos ovos e resulta no nascimento de filhotes saudáveis. Garantindo que os ovos não sejam violados pela população ou animais predadores.
Proteção contra predadores
As tartarugas marinhas enfrentam muitos predadores naturais, como gaivotas, caranguejos e outros animais que se alimentam dos ovos e dos filhotes. Por isso, os ninhos são criados em locais seguros e protegidos para evitar a predação e extinção da espécie.
Contribuição para a biodiversidade
Dessa forma, as tartarugas marinhas são importantes para a biodiversidade do ecossistema marinho. Elas ajudam a manter o equilíbrio ecológico ao controlar a população de algumas espécies e fornecer alimento para outras. A perda de tartarugas marinhas pode ter um impacto negativo em todo o ecossistema marinho.
A preservação dos ninhos de tartaruga no litoral cearense é importante para a sobrevivência da espécie e para contribuir com a biodiversidade do ecossistema marinho.
Dicas de prevenção dos ninhos
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará orienta manter distância em relação aos ninhos e aos filhotes de tartarugas marinhas, não compartilhar a localização com o auxílio de aplicativos de geolocalização. O CBMCE ressalta que é crime ambiental coletar, ovos, perseguir, capturar ou matar tartarugas marinhas. Assim, caso encontre alguma espécie desse tipo, a população pode ligar para o número (85) 3101-1078, do CBMCE, ou enviar uma mensagem via Whatsapp para (85) 99690-1269, telefone do Instituto Verdeluz.