O carnaval e a alegria voltaram, repleto de muita festa, mas o cuidado e a prevenção também precisam estar presentes. As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) podem até não ser visíveis, mas estão circulando e o risco de transmissão é grande quando as relações sexuais acontecem sem o uso da camisinha, interna ou externa.
Essas infecções, quando apresentam sinais e sintomas, aparecem principalmente em região anogenital, mas também podem se manifestar em outras partes do corpo, como palma da mão, olhos e língua. Entre os sintomas, estão feridas, corrimentos e verrugas anogenitais. Esses sinais geralmente são identificados nas IST mais conhecidas, como: herpes genital, sífilis, gonorreia, infecção pela clamídia, tricomoníase e infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV).
Dentre as características dos sintomas das IST, estão:
Corrimentos
- Aparecem no pênis, vagina ou ânus;
- Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados;
- Podem ter odor forte e/ou causar coceira;
- Provocam dor ao urinar ou durante a relação sexual;
- Nas mulheres, quando em pouca intensidade, o corrimento só é visto em exames ginecológicos;
- Podem se manifestar na gonorreia, clamídia e tricomoníase.
Feridas
- Aparecem nos órgãos genitais ou em qualquer parte do corpo, podendo ser acompanhadas ou não de dor;
- Os tipos de feridas são variados e podem se apresentar em forma de vesículas, úlceras, manchas, entre outros;
- Podem se manifestar nas pessoas infectadas pela sífilis, herpes genital, donovanose, entre outras.
Verrugas anogenitais
- São causadas pelo HPV e podem aparecer em forma de couve-flor;
- Em geral, não doem, mas podem causar coceira.
Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
- É outra forma de manifestação clínica das IST;
- Acontece, principalmente, quando a gonorreia e a clamídia não são tratadas da forma correta;
- Atinge os órgãos genitais internos da mulher (útero, trompas e ovários), causando inflamações.
É importante ressaltar que estas IST podem ser silenciosas na maioria dos casos, sem apresentar sintomas, assim como aquelas causadas pelo HIV, HTLV e vírus da Hepatite B e C. Se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte. Por isso, é importante fazer a testagem, principalmente após exposição ao risco, como relação sexual sem camisinha.
Prevenção
O uso da camisinha em todas as relações sexuais – orais, anais ou vaginais – é o método mais eficaz para evitar o contágio das IST, assim como para evitar a gravidez inesperada – a camisinha está disponível gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Além da camisinha, outras medidas são importantes e complementares para uma prática sexual segura. São elas:
- Vacinação para hepatite A (HAV), hepatite B (HBV) e HPV;
- Discussões com parcerias sexuais sobre testagem para HIV e outras IST;
- Testagem regular para HIV e outras IST;
- Realização de exame preventivo de câncer de colo do útero;
- Conhecimento e acesso à anticoncepção e concepção;
- Realização da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), quando indicada;
- Realização da Profilaxia Pós-Exposição (PEP), quando indicada.
O termo PEP significa “Profilaxia Pós-Exposição”, ou seja, são medicamentos utilizados até 72h após uma possível exposição ao vírus HIV. Já PrEP é a sigla para “Profilaxia Pré-Exposição” e neste caso, a pessoa usa a medicação antes de ser exposta ao vírus.
Saiba mais sobre as IST
Na última sexta-feira (17), o Ministério da Saúde lançou a campanha “Voltou o carnaval e com camisinha a alegria é geral”. O objetivo é promover ações de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis durante o período de folia. No mês de fevereiro, uma série de publicações sobre IST estarão disponíveis no portal gov.br/saude. Acompanhe.
Fran Martins
Ministério da Saúde