O Ministério da Saúde iniciou, nesta sexta-feira (10), o envio de equipes de endemias para as Terras Indígenas Yanomami (TIY). O primeiro grupo, composto por dois agentes de controle de endemia, uma microscopista e um técnico de laboratório, deixou Boa Vista (RR) no começo da tarde com destino a Missão Catrimani.
Até o começo da próxima semana, cerca de outros 18 profissionais também serão enviados. Ao todo, o Centro de Operações de Emergência (COE) Yanomami destinará 7 agentes para a região de Surucucu e cerca de 10 para Auaris. Junto com os grupos serão enviados seis mil testes rápidos de malária que devem ser usados nos dez dias de atuação dos agentes.
Depois de descerem nos polos, parte da equipe será acompanhada por Agentes Indígenas de Saúde para as aldeias dos arredores. Michel Souza, técnico de laboratório, veio do Pará para a missão. “A nossa expectativa é grande, de conseguir ajudar o máximo possível. Além de realizar os testes, estaremos responsáveis por definir tratamentos destes pacientes”, detalha.
A microscopista Regina Severo também foi uma das enviadas e compartilhou a importância da missão. “O uso dos testes é muito importante, principalmente pela agilidade com que conseguimos um diagnóstico e já iniciar, assim, o tratamento”, afirma.
O grupo chegou, por volta das 7h da manhã, ao Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami para serem levados para a região Catrimani. No entanto, devido ao mau tempo do local de pouso da região Catrimani, a decolagem foi adiada para às 14h30.
Projeto de Hospital de Campanha
Também nesta sexta-feira (10/2) um grupo de técnicos do Expedicionários da Saúde foi enviado para Surucucu para estudar o projeto do Hospital de Campanha na região. Ricardo Afonso Ferreira, coordenador dos Expedicionários, explica que os profissionais passaram a noite no polo de saúde. “Estamos indo com engenheiro e técnicos para realizar a análise diagnóstica da área e projetar como é possível estruturar o Hospital”, destacou.
Após o estudo, a projeção será avaliada pelo COE Local e Nacional, para definir especificidades e avaliar o projeto emergencial.
Edis Henrique Peres
Ministério da Saúde