Equipes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) receberam treinamento para utilização de antenas móveis com conexão via satélite, durante a missão no Território Indígena Yanomami, em Roraima. O Governo Federal, por meio do Ministério das Comunicações (MCom) e da Telebras, disponibilizou 17 unidades do equipamento nesta terça-feira (7/2), para auxiliar no atendimento à população local, facilitando o diagnóstico de doenças e a comunicação com profissionais que atuam fora do território.
“As antenas vão permitir a comunicação em tempo real, garantindo a ligação entre diversos atores dessa missão, dentro e fora do território Yanomami, além de auxiliar no planejamento de cada operação”, destacou o engenheiro de Telecomunicações e assessor técnico da Telebras, André Rosa Lopes. No total, nove pessoas foram capacitadas e serão multiplicadoras de informação dentro dos polos de atendimento.
Os equipamentos funcionam como Terminais Transportáveis Telebras por Satélite (T3SAT), que se conectam à internet por meio do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Com 75 cm de diâmetro cada, as antenas foram transportadas até o território Yanomami em uma maleta de 97 cm de altura e 82 cm de largura, com espessura de 32 cm, viabilizando conectividade com praticidade no transporte e montagem rápida.
O dispositivo ainda conta com bateria para uso em períodos de falta de energia, com duração de até oito horas. O modem que equipa a antena T3SAT possui Wi-Fi embarcado e pode ser conectado a aparelhos celulares e computadores. A conexão possui uma taxa de transmissão de download de 20 Mbps e de upload de 2 Mbps.
TRABALHO HUMANITÁRIO — Desde o último domingo (5), 40 novos voluntários da Força Nacional do SUS começam a desembarcar em Boa Vista (RR). Entres os profissionais estão nutricionistas, farmacêuticos, assistentes sociais, médicos e enfermeiros – habilitados no programa do Ministério da Saúde. Para intensificar as ações de enfrentamento à situação de emergência em saúde pública que impacta a região, os voluntários da FN-SUS foram capacitados para atuar em casos específicos de malária e desnutrição.
O trabalho será realizado a partir da busca ativa de pacientes dentro da terra indígena, para evitar que a população chegue ao estágio grave das doenças. Ao todo, serão 28 profissionais especializados e direcionados para atuação em três polos de atendimento sanitário dentro do território Yanomami: Auaris, Surucucu e Missão Catrimani.