A ONU Descreve a conferência como um fórum internacional crítico para lidar eficazmente com os desafios enfrentados pela região. Estes incluem o aumento da insegurança, déficits de desenvolvimento, necessidades humanitárias e barreiras ao acesso a serviços sociais básicos, sistemas de produção e apoio humanitário.
Após quase 13 anos de conflito, grupos armados continuam a espalhar a violência nos quatro países que fazem fronteira com o lago (Chade, Níger, Nigéria e Camarões). Acredita-se que cerca de 5,6 milhões de pessoas estejam em risco de insegurança alimentar grave e cerca de 2,9 milhões estão deslocadas internamente. incluindo 2 milhões só na Nigéria.
Melhorar a coordenação, enfrentar a emergência climática
Estes números têm crescido desde a última Conferência, realizada em Berlim em 2018, resultado da crescente instabilidade, o COVID-19 Os efeitos pandêmicos a longo prazo, o impacto das alterações climáticas e os choques económicos, que agravaram a situação humanitária. O montante de financiamento necessário para a resposta de emergência na Bacia também aumentou, de US $ 259 milhões em 2018, para cerca de US $ 1,8 bilhão.
A Conferência, que está a decorrer no Centro Internacional de Conferências Mahatma Gandhi, em Niamey, Níger, entre 23 e 24 de Janeiro. está sendo coorganizado pelos governos do Níger, Alemanha e Noruega, juntamente com as Nações Unidas. Entre os palestrantes estão Joyce Musa, secretária-geral adjunta da ONU para Assuntos Humanitários e vice-coordenadora de ajuda de emergência.
Os objetivos da conferência incluem um foco na melhoria da coordenação entre os diferentes atores envolvidos em atividades humanitárias, de estabilização e de desenvolvimento na região; melhor acesso da assistência humanitária a todas as partes da população; e abordar os impactos adversos das alterações climáticas como parte dos esforços humanitários e de consolidação da paz.
Um “nó górdio de problemas”
Falando no primeiro dia da conferência, a Sra. Msuya Lembrou Diz que o Lago Chade já foi uma região florescente, onde as mercadorias circulavam livremente através das fronteiras, em um ambiente colaborativo.
Esse espírito de cooperação, disse ela, quebrou sob um “nó górdio de problemas”, desde a pobreza extrema e o fraco acesso a serviços públicos essenciais, até a falta de confiança, o aumento da desigualdade, a corrupção, a desconfiança sectária e o rápido esgotamento dos recursos naturais e das mudanças climáticas.
“A ação humanitária imediata é necessária para salvar vidas e aliviar o sofrimento que resultou deste colapso. Mas… a menos que enfrentemos as causas profundas da crise, as feridas da região não cicatrizarão”, declarou o vice-coordenador de socorro, em um apelo por um compromisso de longo prazo para a construção de resiliência duradoura, diante de um futuro incerto.