Em uma decisão histórica, Enrique Tarrio, ex-líder do grupo de extrema direita Proud Boys, foi condenado a 22 anos de prisão por conspiração sediciosa e por liderar uma tentativa fracassada de impedir a transferência do poder de Donald Trump para Joe Biden. A sentença é a mais longa já dada a um réu relacionado ao ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021.
Detalhes da sentença
O juiz distrital Timothy Kelly afirmou que Tarrio foi o “líder máximo” da conspiração e estava “motivado pelo zelo revolucionário”. Tarrio, vestido com um macacão laranja, abaixou a cabeça enquanto a sentença era pronunciada. Três outros membros da liderança dos Proud Boys também foram condenados na semana passada.
Impacto mesmo ausente
Embora Tarrio não estivesse presente no Capitólio durante o ataque, o juiz Kelly destacou que ele “teve um impacto descomunal nos acontecimentos do dia”. Tarrio foi preso em Washington, DC, dias antes do motim, por queimar a bandeira do movimento Black Lives Matter e por portar carregadores de rifle de alta capacidade.
Outras condenações
Ethan Nordean e Joseph Biggs, dois tenentes de alto escalão dos Proud Boys, foram condenados a 18 e 17 anos de prisão, respectivamente. Zachary Rehl, líder local, foi condenado a 15 anos, enquanto Dominic Pezzola, um membro de baixo escalão, foi condenado a 10 anos.
Reações e defesa
O promotor Conor Mulroe criticou Tarrio por sua “capacidade tóxica de controlar os outros”. O advogado de Tarrio, Sabino Jauregui, argumentou que seu cliente é “um patriota equivocado”, e não um terrorista.
A sentença de Enrique Tarrio é um marco significativo no caso do ataque ao Capitólio e levanta questões sobre o futuro dos Proud Boys e outros grupos de extrema direita, bem como seu impacto na política dos EUA.