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MIDR debate projeto para garantir segurança hídrica para o Arquipélago do Bailique, no Amapá

Brasília (DF) – O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) está buscando soluções para garantir segurança hídrica para o Arquipélago do Bailique, no Amapá, que reúne oito ilhas localizadas no delta do Rio Amazonas, a 160 quilômetros da cidade de Macapá. Nessa terça-feira (2), o ministro Waldez Góes conheceu projeto com esse objetivo desenvolvido pelo Instituto Senai de Inovação (ISI) em Química Verde, em parceria com o Senai do Amapá.

Batizado de “Água potável para comunidades ribeirinhas no Delta do rio Amazonas: uma solução multidisciplinar de Engenharia, Química e Biologia para o Arquipélago do Bailique”, o projeto tem o objetivo de atender cerca de 15 mil pessoas em 56 comunidades indígenas e quilombolas do arquipélago amapaense.

O trabalhou surgiu a partir da necessidade de solucionar o impacto da salinização que é cada vez mais intensa na região do Bailique. O Senai do Amapá procurou o ISI em Química Verde para o desenvolvimento de tecnologia que possa ser disponibilizada as comunidades ribeirinhas com dificuldades de acesso à água doce.

Fatores como processo de mudanças climáticas que interferem nas marés e a devastação de matas ciliares e a presença de fazendas de criação de búfalos têm provocado o aumento da salinidade das águas dos mananciais e intensificado o processo de erosão das terras às margens dos rios, o que interfere diretamente no acesso da população à água doce para cultivo da agricultura e uso doméstico e na atividade da pesca, visto que os peixes migraram para o interior do continente.

Para transformar essa realidade, o projeto prevê mapeamento colaborativo por meio de uma plataforma para captação de dados químicos e geográficos sobre as condições da água no Bailique. Ainda haverá o desenvolvimento de uma biorrefinaria integrada, visando a capacitação técnica e científica da população.

O estudo também vai monitorar as comunidades presentes nos rios amazônicos. E, por fim, será construída uma unidade móvel – uma balsa alimentada por energia solar com tanques com capacidade de armazenamento para cerca de 100m³ de água potável, produzida a partir de processos de filtragem e dessalinização e da captação da água de chuva.

“O Arquipélago do Bailique é uma região que tem um potencial enorme a ser explorado. E, para isso, é preciso garantir que a população tenha acesso a água de qualidade, a energia, entre outros serviços essenciais”, destaca o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. “Nossa responsabilidade como Governo Federal é liderar políticas públicas para isso. Abrimos várias parcerias, diálogos, participamos de audiências públicas e agora fizemos esta reunião já com a sinalização, a definição de uma tecnologia apropriada para aquela realidade”, acrescentou.

Waldez Góes ressaltou que garantir segurança hídrica a toda a população brasileira é um dos objetivos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que o Bailique é uma prioridade. “É uma região onde vivem mais de 50 comunidades na foz do Amazonas, no encontro do rio com o mar, e que não podem ficar sem uma solução para água potável e energia renovável”, afirmou. “No caso da água, devemos lançar em breve o novo programa Água para Todos, que terá como uma das metas a dessalinização de águas salobras do Bailique para possibilitar o consumo humano”, completou.

“A garantia de água potável é uma questão local que tem impacto nacional, já que se trata do maior e mais diverso bioma do País. Vamos trabalhar juntos, então, para uma solução”, destacou o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, que foi responsável por apresentar o projeto ao ministro Waldez Góes.

Além do Instituto Senai em Química Verde, ainda estão envolvidos nos trabalhos o Instituto Senai em Inspeção e Integridade, o Instituto Senai de Tecnologia (IST) Automação Industrial e o Centro de Inovação Sesi Saúde Ocupacional.

Audiência pública

No último dia 17, o ministro Waldez Góes participou de audiência pública realizada pela Câmara Legislativa do Estado do Amapá, que busca soluções para dessalinização das águas do arquipélago do Bailique e para a resolução do fenômeno das terras caídas, que causa o desmoronamento das margens do Rio Amazonas, provocado pela força violenta da maré na região.

Em sua fala durante a sessão on-line, o ministro destacou que se responsabilizará pela criação de um Grupo de Trabalho do Governo Federal para dialogar com o estado do Amapá na resolução dessas duas questões.

“São muitas entidades públicas que já detêm conhecimento, pesquisas e informações. Precisamos reunir tudo isso em uma relação de diálogo permanente entre os governos federal e do estado. Isso é fundamental”, afirmou. “Vamos fazer a interlocução com outros ministérios na busca de soluções conjuntas para os problemas que o arquipélago enfrenta, tanto na questão social quanto econômica”, completou.

Sobre a questão da dessalinização das águas subterrâneas, o MIDR vai realizar estudos para ver como viabilizar essa iniciativa na região. Uma das possibilidades é por meio do Programa Água Doce, que prevê a construção de dessalinizadores. “Temos feito estudos para modernizar as formas de fazer chegar água potável a quem mais precisa. E também faremos isso no caso do Bailique”, destacou Waldez Góes.

O ministro também ressaltou a importância de dar solução à questão das terras caídas. “Esse é um problema do Brasil, pois estamos falando da foz do Amazonas, do encontro do rio com o mar, em que, ao longo do tempo, surgiu um fenômeno que, além de interferir na vida social e econômica daquelas comunidades, desperta uma necessidade de resposta mais estruturada”, avaliou.

* Com informações da Firjan

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Regional

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