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Crescimento dos pedidos de recuperação judicial sinaliza inquietação no setor empresarial brasileiro

Dados do aumento de pedidos de recuperação judicial levantam preocupações sobre a saúde da economia brasileira e exigem atenção das autoridades econômicas e políticas.
O aumento nos pedidos de recuperação judicial no Brasil reflete a inquietação no setor empresarial devido à instabilidade econômica. As empresas recorrem à recuperação judicial para renegociar dívidas e evitar a falência. O setor de serviços lidera os pedidos, seguido por comércio, indústria e setor primário. As pequenas e médias empresas representam a maioria dos pedidos. Paralelamente, os pedidos de falência também aumentaram. O caso da Light, concessionária de energia elétrica, exemplifica a situação. E sses dados levantam preocupações sobre a saúde da economia brasileira e exigem atenção das autoridades econômicas e políticas.

A recente alta nos pedidos de recuperação judicial no Brasil reflete o clima de instabilidade econômica. O número de empresas que buscam a renegociação de dívidas em tribunal subiu 43,1% em abril, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento do Serasa.

A instabilidade econômica em primeiro plano

Após um primeiro trimestre com recordes históricos, abril teve 93 solicitações de recuperação judicial, apontando para uma tendência preocupante. O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, atribui esse aumento à instabilidade econômica e à crescente inadimplência. As empresas financeiramente debilitadas acabam recorrendo à recuperação judicial como uma maneira de renegociar dívidas e evitar a falência.

Desagregação setorial e por tamanho de negócio

A análise setorial revela que o maior número de pedidos de recuperação judicial veio do setor de serviços (39), seguido por comércio (28), indústria (19) e setor primário (7). Entre as empresas, as pequenas e médias lideram o número de solicitações, com 64 contra 18 das empresas de médio porte e 11 das grandes empresas.

Aumento nos pedidos de falência

Paralelamente ao aumento nos pedidos de recuperação judicial, também houve um aumento de 12,3% nos pedidos de falência, de 81 para 91, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O caso da Light

O exemplo mais recente de uma empresa que pede recuperação judicial é a Light (LIGT3), uma concessionária de energia elétrica com cerca de R$ 11 bilhões em dívidas. A empresa teve seu pedido aceito, apesar de existir uma lei que proíbe empresas do tipo de recorrer ao sistema.

Segundo a Light, uma parcela significativa de suas dívidas está ligada ao alto índice de furto de energia na cidade do Rio de Janeiro, que compromete até 57% do faturamento. A empresa está buscando renovar seu contrato de concessão, previsto para terminar em 2026, em melhores condições.

Preocupações futuras

Os recentes aumentos nos pedidos de recuperação judicial e falências sugerem que muitas empresas brasileiras estão enfrentando desafios significativos em meio à instabilidade econômica atual. Este é um indicativo preocupante para a saúde geral da economia brasileira, e um tema que merece atenção contínua das autoridades econômicas e políticas.

Fonte: InfoMoney

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