De forma inédita, o Ministério da Saúde reuniu, nos últimos dias 3 e 4 de abril, representantes de instituições de ensino e secretarias de saúde das cinco regiões do Brasil, para a Oficina Nacional PET-Saúde: Gestão e Assistência. O programa PET-Saúde visa a integração ensino-serviço-comunidade, ofertando bolsas e aprimorando o conhecimento dos profissionais da saúde e dos estudantes de graduação na área da saúde. A oficina, realizada em Brasília (DF), teve como objetivo discutir e aprimorar os processos de trabalho no âmbito dos 142 projetos aprovados no edital da 10ª edição do programa.
A secretária substituta de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Laíse Rezende, enalteceu a presença dos participantes que representaram a imensidão do Brasil, um país continental. “Aqui temos ações, programas e políticas ousadas, como é o caso de PET-Saúde, que possui um potencial de transformação, não só para os estudantes, mas para a docência e os serviços. É uma proposta que se fundamenta na ideia de mobilizar esses diferentes atores, que precisam estar mais articulados, para que possamos ter um SUS verdadeiramente forte”, explicou.
Para a diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde, Regina Gil, a temática dessa edição – gestão e assistência – é de extrema relevância, pois caminham juntas ao conhecimento, no planejamento e no fazer. “A população sofreu muito com a separação [entre gestão e assistência] que ocorreu nos últimos anos e essa oficina aconteceu para entender, justamente, como foi o desenvolvimento desses temas nos últimos tempos”, pontuou.
O coordenador do PET-Saúde na Faculdade de Medicina e Saúde da Universidade de Brasília (UnB), Rafael Mota, apresentou a satisfação dos participantes com a oficina. “Aqui tivemos a oportunidade de nos reunir e de sermos escutados. Os grupos dialogaram e levaram os resultados para a plenária. Esperamos que as demandas sejam escutadas pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde e que, assim, possamos trabalhar na construção de futuros editais do programa”, declarou.
Ângela Rodrigues, coordenadora do PET-Saúde na Universidade Federal de Jataí (UFJ), em Goiás, observou que o programa coloca as novas universidades em evidência, fazendo com que essas instituições ganhem espaço no cenário brasileiro. “Essa iniciativa nos lança para futuros projetos, nos colocando à frente de outros desafios que são apresentados às nossas universidades”, afirmou.
Também estiveram presentes na oficina representantes da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação; da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) no Brasil; do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass); do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems); e do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
Sobre o programa
A atual edição do PET-Saúde busca estimular práticas de ensino-aprendizagem na realidade do trabalho em saúde, de acordo com as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Cerca de 8 mil pessoas estão envolvidas no desenvolvimento dos projetos, entre estudantes, docentes e profissionais da saúde.
O programa integra a agenda dos recursos humanos em saúde do Brasil há mais de 10 anos. Entre os objetivos está contribuir com a implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) para formação e desenvolvimento de trabalhadores do SUS.
Conduzido pelo Ministério da Saúde, o PET-Saúde tem como premissa a qualificação da integração do ensino com a realidade dos serviços de saúde, aprimorando, na prática, as competências dos profissionais da saúde, dos docentes das universidades, bem como dos estudantes dos cursos de graduação na área da saúde.
Ministério da Saúde