‘Mantenha-se em dia. Cada vacina conta’. Esse é o chamado da 21ª Semana de Vacinação nas Américas (SVA) – juntamente com a 12ª Semana Mundial de Imunização (SMI) – que acontece entre 22 e 29 de abril, com o objetivo de promover a equidade e o acesso à vacinação em todos os países da região das Américas. O Brasil participa com a imunização contra a Covid-19, vacinação contra a influenza, além da realização do Mês de Vacinação dos Povos Indígenas (MPVI) nos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas, no período de 15 de abril a 14 de maio.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembra que, atualmente, o Brasil conta com uma cobertura vacinal das mais baixas da história desde a criação do Programa Nacional de Imunizações. “Já tivemos 95% de cobertura em relação a vacinas como a da poliomielite, e agora não chegamos a 60% de crianças vacinadas. Esse quadro tem que mudar. Para isso, de uma maneira muito clara, temos de combater o negacionismo em relação a essa proteção dada pelas vacinas e às fake news que, infelizmente, têm sido veiculadas de uma forma irresponsável e criminosa”, afirma.
Ainda de acordo com a ministra, o Brasil se uniu à agenda da Vacinação nas Américas e no mundo. “É preciso que haja mobilização de todos os governos, instituições públicas, privadas e também de toda a sociedade civil. É papel dos governos conscientizar a população sobre a segurança e a eficácia das vacinas”, acrescenta.
A Semana de Vacinação nas Américas é uma iniciativa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS, em conjunto com os territórios da região das Américas e seus parceiros. No centro desta iniciativa estão os esforços incansáveis dos países para levar a vacinação a populações vulneráveis com pouco ou nenhum acesso a serviços de saúde de rotina, como periferia urbana, áreas rurais ou fronteiriças e comunidades indígenas.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, explica que a atual gestão do Ministério da Saúde trabalha em soluções conjuntas com os estados e municípios, para evitar novos desperdícios, incluindo a distribuição imediata e acelerada dos insumos. “A ação representa uma oportunidade para fortalecer as mensagens sobre a segurança das vacinas, bem como descrever os processos de fabricação e aprovação, demonstrando a importância de tomar todas as doses indicadas”, disse.
Semana de Vacinação nas Américas
Nos últimos 20 anos, a Semana de Vacinação nas Américas tem sido uma estratégia para complementar os esforços dos programas nacionais de imunização. Desde a sua criação, mais de 1,09 bilhão de pessoas de todas as idades foram vacinadas.
A estratégia teve sucesso em levar as vacinas contra a Covid-19 e contra a gripe a milhões de pessoas, inclusive em comunidades de difícil acesso, bem como ofertar serviços de promoção da saúde e cuidados preventivos, para além da vacinação.
Desafios
Em 2021, mais de 2,7 milhões de crianças menores de um ano nas Américas – ou seja, quase um quinto da população dessa faixa etária – não receberam todas as doses de vacinas, deixando-as suscetíveis a doenças como paralisia infantil, tétano, sarampo e difteria. O risco de surtos novos e reemergentes na região é alto.
O Brasil é um dos países que oferece o maior número de vacinas, de forma gratuita, no Calendário Nacional de Vacinação. Com quase 50 anos de existência e 47 diferentes imunobiológicos ofertados, o PNI é um dos maiores programas de vacinação do mundo.
Ações
O Movimento Nacional pela Vacinação é uma das prioridades do governo federal para reconstrução do Sistema Único de Saúde (SUS), da confiança nas vacinas e da cultura de vacinação do país. Lançado em 27 de fevereiro, foi uma das primeiras medidas adotadas pela nova gestão do Ministério da Saúde em 2023. A partir de um amplo pacto social e federativo, foi elaborada não apenas uma campanha, mas um conjunto de ações, divididas em várias etapas ao longo do ano.
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