O Ministério da Saúde reabriu 305 leitos para ampliar o acesso da população ao SUS nos seis hospitais federais do Rio de Janeiro. A iniciativa é a primeira ação imediata diante da desassistência e da crise enfrentada pela rede de hospitais federais nos últimos anos. Com a ampliação, o Governo Federal diminuiu em 51% o número de leitos fechados nos hospitais federais nos primeiros 100 dias de gestão.
 
O quantitativo é equivalente a abertura de uma nova unidade de média complexidade para atendimentos como cardiologia, nefrologia, cirurgia geral e vascular. A abertura de novos leitos foi oficializada nesta sexta (14), no Rio de Janeiro, em solenidade que deu posse à nova direção dos hospitais e institutos federais.
 
“Vejo este ato como uma afirmação da importância da atenção à saúde no Rio de Janeiro e do papel dos institutos nacionais aqui sediados. É o compromisso com SUS e afirmação que os institutos e o hospitais federais não são um problema, e que têm que ser vistos como parte da solução coletiva para as questões de saúde”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
 
O Ministério da Saúde também criou um grupo de trabalho com objetivo de prestar apoio institucional no desenvolvimento e avaliação das ações de atenção à saúde. “A ação é parte do plano estratégico para melhorar a qualidade das unidades hospitalares federais do estado”, destacou o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Helvécio Magalhães.  
 
O objetivo é elaborar um plano de emergência para combater os problemas identificados na rede hospitalar federal, como alas e salas cirúrgicas fechadas, falta de profissionais e de equipamentos. Diagnóstico realizado pela atual gestão do Ministério da Saúde apontou déficit na rede federal do Rio de Janeiro de 593 leitos que estavam quebrados ou inadequados em todos os seis hospitais federais – Hospital Federal do Andaraí (HFA), Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF), Hospital Federal de Ipanema (HFI), Hospital Federal da Lagoa (HFL) e Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE).
 
As ações para reconstruir a estrutura e capacidade de atendimentos dos hospitais federais é parte fundamental para o avanço do Programa Nacional de Redução de Filas, lançado pelo Ministério da Saúde nos primeiros 100 dias de gestão. Com investimento de R$ 600 milhões, os estados irão receber recursos para a implantação de estratégias locais de redução dos procedimentos que estão represados desde a pandemia da Covid-19.
 
Nestas primeiras ações, três hospitais se destacaram na ampliação de serviços, leitos e exames:

• Hospital Federal de Bonsucesso: foram reabertos 6 leitos de Unidade Coronariana, 8 de Clínica Médica, houve aumento da oferta de Cateterismo Cardíaco e realização dos primeiros procedimentos de fechamento de Canal Arterial com prótese de amplatzer por via femoral pela Hemodinâmica com oferta de vagas para crianças e adultos;

• Hospital Federal do Andaraí: foi inaugurado o novo setor de Oncologia para realização de ciclos de quimioterapia.

• Hospital Federal dos Servidores: foram retomadas as realizações de cateterismo
 

Sobre o Grupo de Trabalho

 O Grupo de Trabalho vai colaborar no plano de ações para reestruturação física, tecnológica e qualificação da assistência em cada um dos hospitais, além de orientar a criação e implementação das políticas do Ministério da Saúde em cada unidade hospitalar federal e reorganizar os fluxos assistências e administrativos. O grupo também vai monitorar as metas de regulação pactuadas com as secretarias estaduais e municipais de saúde, colaborar na elaboração e validação de relatórios para prestação de contas ao Ministério da Saúde e órgãos de controle, promover a transparência e equidade no acesso aos serviços prestados pelos hospitais e avaliar propostas de parcerias com as redes de atenção do Estado e município do Rio de Janeiro.  

Diagnóstico dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro

 Em fevereiro de 2023, o Departamento de Gestão Hospitalar no Rio de Janeiro realizou visitas técnicas aos hospitais e se verificou as condições assistenciais, administrativas e estruturais dos seis hospitais federais no estado – Hospital Federal do Andaraí (HFA), Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF), Hospital Federal de Ipanema (HFI), Hospital Federal da Lagoa (HFL) e Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE).

 
Esse diagnóstico revelou que em todos os hospitais há problemas a serem resolvidos tanto de estrutura quanto mão-de-obra especializada. Dentre os principais problemas estão a falta de Recursos Humanos, comprometimento da infraestrutura, dificuldades para elaboração de processo para aquisição de equipamentos, mobiliário e execução de obras, necessidade de ampliar a aquisição de medicamentos oncológicos e a falta de um plano de obsolescência planejado dos equipamentos médicos.

Ministério da Saúde