7 de abril de 2023
Mais que uma data comemorativa, este Dia Mundial da Saúde é uma oportunidade extraordinária para refletirmos sobre o mundo que queremos construir para nós e as futuras gerações.
Um mundo em que a saúde seja um direito de todos, e não uma mercadoria de alto custo, ao alcance apenas de uma minoria privilegiada que pode pagar por ela.
Um mundo onde recursos humanos, financeiros, científicos e tecnológicos sejam acessíveis a todos os seres humanos, sem distinções sociais ou geográficas.
Afinal, um mundo assolado pelas desigualdades de renda, raça ou gênero, onde quase 1 bilhão de homens, mulheres e crianças não têm o que comer, será sempre um mundo doente.
A saúde anda de mãos dadas com a vida. E é um dos mais preciosos direitos humanos.
Todo homem, toda mulher e toda criança têm o direito de viver em condições ambientais e sociais saudáveis, e não na condição de vítimas da miséria, da fome e da insalubridade, em casa ou no trabalho.
Celebrar o Dia Mundial da Saúde é reafirmar esse direito. É lembrar que a saúde deve estar presente em todas as políticas públicas e ocupar o centro das atenções dos governos.
No Brasil, felizmente, temos a garantia constitucional de um Sistema Único de Saúde, o SUS, que assegura o acesso gratuito aos serviços por toda a população. E nos esforçamos constantemente para transformar em serviços cada vez melhores aquilo que determina a nossa Constituição.
Isso passa por fortalecer o SUS, levando médicos e todos os profissionais da saúde às periferias das grandes cidades e às distantes comunidades do interior brasileiro.
Também passa pela realização de intensas campanhas para superar os problemas que ainda decorrem da pandemia do Covid-19: as filas acumuladas de consultas, exames e cirurgias eletivas e a queda dos índices de vacinação.
Entendo que muitas outras nações têm os mesmos desafios. Uma robusta arquitetura global de saúde, com a Organização Mundial da Saúde em seu centro e à frente, é fundamental para obtermos sucesso em nossos esforços.
A OMS tem dado contribuições extraordinárias à humanidade. E merece uma profunda homenagem por estar comemorando seus 75 anos de criação também neste 7 de abril.
Assim, deixo aqui registrado meu muito obrigado ao diretor-geral, Tedros Adhanon, pela sua liderança à frente da Organização.
E renovo o compromisso do Brasil nos esforços para a construção de um mundo mais desenvolvido, justo e solidário, com saúde para todos.
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República Federativa do Brasil