Em reunião com ministros para balanço dos 100 primeiros dias de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou investimentos e programas sociais retomados nos três primeiros meses de gestão, reafirmou o compromisso de governar para todos, dando prioridade à parcela mais pobre da população, e disse que o Brasil voltou a ter um governo empenhado em cuidar das pessoas.
O Brasil voltou para conciliar novamente crescimento econômico com inclusão social. Para reconstruir o que foi destruído e seguir adiante. O Brasil voltou para ser outra vez um país sem fome. Ao mesmo tempo que prepara o terreno para obras de infraestrutura que foram abandonadas ou ignoradas pelo governo anterior, o Brasil voltou a cuidar de saúde, educação, ciência e tecnologia, cultura, habitação e segurança pública”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
“O Brasil voltou para conciliar novamente crescimento econômico com inclusão social. Para reconstruir o que foi destruído e seguir adiante. O Brasil voltou para ser outra vez um país sem fome. Ao mesmo tempo que prepara o terreno para obras de infraestrutura que foram abandonadas ou ignoradas pelo governo anterior, o Brasil voltou a cuidar de saúde, educação, ciência e tecnologia, cultura, habitação e segurança pública”, declarou.
» Fotos em alta resolução da reunião dos 100 Dias (Flickr)
» Discurso do presidente Lula na reunião dos 100 Dias
No encontro no Palácio do Planalto no fim da manhã desta segunda-feira (10/4), o presidente disse que o Brasil entra em nova fase, com foco na inclusão social, no crescimento e geração de emprego, num ambiente democrático, com respeito às pessoas e instituições, com harmonia entre poderes e entes federativos e olhar para o futuro.
“Olhar para o futuro significa investir em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, geração e transmissão de energia, conectividade, expansão do pré-sal, energia solar e eólica, entre outras iniciativas que irão colocar outra vez o Brasil no rumo do desenvolvimento. Mas significa, antes de tudo, olhar para as pessoas”.
Segundo o presidente, não se constrói um país verdadeiramente desenvolvido sobre as ruínas da fome, dos ataques à democracia, do desrespeito aos direitos humanos e das desigualdades de renda, raça e gênero. “Não se chega a lugar nenhum deixando para trás a metade mais sofrida da nossa população”.
Ele mencionou os programas sociais destinados a resgatar dignidade, cidadania e qualidade de vida do povo brasileiro. Citou o Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de Alimentação Escolar, O Minha Casa Minha Vida, o Mais Médicos e o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania.
“O Brasil voltou a cuidar do que era urgente e inadiável: o povo brasileiro”, destacou, citando ainda ações voltadas ao combate à violência contra a mulher e a redução das desigualdades de gênero no mundo do trabalho, com o envio ao Congresso Nacional da Lei de Igualdade Salarial entre mulheres e homens.
INVESTIMENTOS – O presidente citou dados para ilustrar o novo momento do país. De janeiro a março de 2023, foram investidos R$ 3,3 bilhões em rodovias, mais que o dobro dos R$ 892 milhões empenhados no mesmo período do ano passado. Ainda na área de transportes, foram R$ 328 milhões para hidrovias, quase dez vezes os R$ 34 milhões dos três primeiros meses de 2022.
Sempre considerando a comparação de janeiro a março de 2023 com o mesmo período do ano anterior, houve R$ 323 milhões em recursos hídricos ante R$ 82 milhões de janeiro a março de 2002. Na área de Ciência e Tecnologia, sem contar os recursos do reajuste das bolsas anunciados no início do mandato, foram R$ 535 milhões, enquanto nos três primeiros meses do ano passado foram R$ 128 milhões. Houve ainda destinação de R$ 145 milhões para obras de infraestrutura de Saúde, contra R$ 56 milhões do ano anterior. Em habitação, o governo Lula começou com R$ 230 milhões empenhados no primeiro trimestre de 2023 na retomada do Minha Casa, Minha Vida. Em 2022, não houve recurso.
“Essa é uma pequena demonstração de como vamos fazer a diferença nesse país. Nós vamos fazer a diferença superando as dificuldades que aparecerem”, disse a uma plateia formada também por jornalistas e outros integrantes do governo.
1000 DIAS EM 100 – O vice-presidente Geraldo Alckmin disse que o governo Lula salvou a democracia e fez muito mais do que seria possível em apenas três meses. “Se JK dizia que eram 50 anos em 5, podemos dizer que foram mil dias em 100”, lembrando ações como destinação de recursos para reduzir as filas das cirurgias eletivas e a mudanças do novo Bolsa Família.
Alckmin citou como exemplos de medidas que já surtem efeitos na população a política de aumento real do salário mínimo, que impacta a realidade de 70% dos aposentados e pensionistas, a nova faixa de isenção do Imposto de Renda de até R$ 2.640 mensais, que atinge três milhões de pessoas, e a inclusão do Benefício Primeira Infância no Bolsa Família, que permitiu um adicional de R$ 150 a 7,2 milhões de famílias em março.
“A marca mais expressiva desses 100 dias é que o Brasil voltou. Voltou a ter governo, voltou a ter gestão pública, voltou a ter cuidado com as pessoas, voltou a fazer planejamento. Os 100 dias significam que apenas estamos começando o trabalho. Muito haveremos de fazer ao longo do nosso mandato”, disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa.