A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou o compromisso e o empenho do governo federal com a eliminação da tuberculose e disse estar convicta de que isso só será possível com o fortalecimento do SUS, união de governos, sociedade civil e os conhecimentos da comunidade científica. A declaração foi dada durante a abertura do seminário internacional “Compromissos de alto nível para eliminação da tuberculose como problema de saúde pública”, que aconteceu nesta quarta-feira (12), na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), em Brasília (DF).
Nísia falou ainda sobre a importância da criação do Comitê Interministerial para a eliminação da doença. “O governo federal definiu, a partir da nossa iniciativa, um grupo envolvendo vários ministérios para fazer frente à eliminação da tuberculose e outras doenças de determinação social. Muitas vezes, são apresentadas como enfermidades da pobreza, mas que, na verdade, são doenças do abandono. Abandono do poder público e da sociedade, diante de problemas que podem e devem ser evitados”, sustentou.
O Brasil faz parte dos países prioritários para o enfrentamento da tuberculose elencados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e está entre os 30 países do mundo com maior índice de transmissão da doença. O compromisso do país é zerar, até 2035, o número de famílias afetadas pela doença, que aumenta ainda mais a vulnerabilidade e os gastos com o tratamento. O Brasil deve participar ainda da 2ª Reunião de Alto Nível pelo Fim da TB na ONU.
Cenário
Em 2021, a tuberculose alcançou número recorde de mortes já registradas no Brasil: 5 mil no total. No ano seguinte, cerca de 78 mil pessoas adoeceram pela doença no país. O número representa um aumento de 4,9% em relação à 2021, segundo informações da edição especial do Boletim Epidemiológico. Diante deste cenário, o Ministério da Saúde lançou, ainda em março, a Campanha Nacional de Combate à Tuberculose.
A meta da pasta é alcançar as populações prioritárias e mais vulneráveis, como pessoas em situação de rua, pessoas privadas de liberdade, pessoas vivendo com HIV/aids, imigrantes e comunidades indígenas, além de reforçar a importância de medidas de prevenção, do diagnóstico e do tratamento correto.
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