Em alusão ao mês de março, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP), através da Escola de Gestão Penitenciária e Formação para a Ressocialização (EGPR), promoveu o Curso de Técnicas Básicas de Defesa Pessoal Feminina para as policiais penais do sistema prisional.

O treinamento tem como objetivo transmitir para as policiais penais possibilidades de defesa em situações de risco, além de trabalhar a agilidade, força, tomada de decisão rápida, desenvolvimento de habilidades e identificação de ameaças.

O curso foi dividido em quatro turmas, sendo capacitados na primeira turma 13 servidoras e nesta segunda turma contou com a participação de 18 policiais penais femininas. As servidoras tiveram aulas teóricas com vídeos, além de aulas práticas com carga horária de oito horas/aula.

A capacitação abordou diversos assuntos, como Legislação Pertinente, práticas de ataque, práticas de defesa e técnicas como agarramentos, puxão de cabelo, saída de estrangulamento no chão, contra medidas de ataques de faca e tomada de arma de fogo e retenção.

A policial penal da Unidade Prisional de Aquiraz (UP-Aquiraz), Delma Rocha, fala da vivência no curso. “Gostaria de ressaltar a importância dessa iniciativa e principalmente da preocupação em preparar nós mulheres para enfrentar situações de riscos e de ameaças que porventura podemos nos envolver. Esse tipo de capacitação não só é fundamental na nossa rotina de trabalho, como também na nossa vida pessoal. Aprendi várias técnicas de reação rápida e eficaz diante de uma situação perigosa. Ter esse conhecimento nos dá mais agilidade e percepção de como se defender e proteger nossa integridade física. Parabéns a escola e a SAP por nos proporcionar esse tipo de curso”, afirma.

A instrutora do curso, Gleyse Soares, comenta sobre o treinamento. “Treinar defesa pessoal é algo de grande importância para todos nós, principalmente para as mulheres que são consideradas como ‘sexo frágil’. Esse curso mostra para as mulheres que é possível se defender e se prevenir da violência. Mudando a sua relação com o medo e adquirindo autoconfiança. Independente de porte físico, idade ou sexo do agressor, as técnicas facilitam defesa, seja com um ou mais agressor, com ou sem arma”, afirma.

O instrutor de Defesa Pessoal Israelense Krav Maga e operador tático do Grupo de Ações Penitenciárias, Soares, reforça a capacidade das mulheres de se defender em qualquer situação. “A prática de defesa pessoal tem uma grande importância na vida das pessoas em geral. Saber se defender de uma agressão física é essencial para a sobrevivência urbana. Principalmente para quem é policial. O uso de força física, habilidades de luta e armas menos-letais são muito mais comuns que os disparos de armas de fogo no dia-a-dia policial. E no caso das mulheres policiais que têm uma tendência maior de andarem desarmadas na folga por conta das vestimentas, tornando elas, alvos mais fáceis por conta da sua estrutura física, a prática de defesa pessoal irá proporcionar uma habilidade e capacidade de enfrentar uma possível agressão física com maior segurança e eficiência”, disse.