A ministra Nísia Trindade recebeu, na quarta-feira (8), um grupo de mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para debater políticas públicas na área da saúde, prioritárias aos povos do campo. As pautas foram trazidas após um período intenso de retrocessos, retiradas de direitos, vulnerabilização e extinção de políticas voltadas aos povos nos campos, com forte impacto sobre as mulheres.
Entre os temas discutidos está a criação de um programa de capacitação dos Agentes Populares de Saúde do Campo, com foco no fortalecimento da área de vigilância em saúde.
“A pauta é de grande importância para o governo federal. Vamos criar um grupo de trabalho com os responsáveis do Ministério da Saúde, para que possamos pensar juntos a resolução dessas questões”, destacou a ministra Nísia.
Segundo a assentada Marisa de Fátima da Luz, os Agentes Populares de Saúde do Campo do Rio Grande do Sul foram essenciais durante a pandemia, na orientação com relação às questões da Covid-19, resultando em nenhuma morte no assentamento. “Queremos saber se é possível criar esse programa de capacitação nas áreas da reforma agrária, para que não seja só uma experiência localizada, mas sim, que possamos expandir para outros estados”, explicou.
Durante a reunião também foram trazidas demandas como a criação de um programa com curso de medicina humana, o incentivo de recursos para as Práticas Integrativas Complementares (PiCs), a implantação de capacitação para técnicos na área de saúde bucal e a retomada de campanhas, em especial para prevenção, diagnóstico e encaminhamentos médicos na área da saúde sexual, como vacina HPV, exame papanicolau e acesso a ginecologistas.
Ministério da Saúde