Desde o primeiro dia de governo, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, alerta sobre a necessidade de retomar as altas coberturas vacinais contra várias doenças, especialmente a Covid-19. Foi neste cenário que o Ministério da Saúde lançou, juntamente com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o Movimento Nacional pela Vacinação. Para que os imunizantes cheguem aos braços dos brasileiros, a Pasta coordena um complexo processo de planejamento, controle de qualidade e distribuição.

Em coletiva de imprensa, ainda no dia 10 de janeiro, a ministra Nísia destacou as pautas prioritárias para os primeiros cem dias de gestão, reafirmando seu discurso de posse e colocando o movimento de imunização como ação de emergência pelo governo federal.

“São muitos os desafios na área da Vigilância em Saúde, sendo que, entre os principais, está a retomada dos comitês científicos. Também destaco, entre algumas iniciativas, a importância da retomada das altas coberturas vacinais e o fortalecimento do PNI”, declarou Nísia, durante a cerimônia de investidura no cargo, em seu primeiro dia como titular da pasta da Saúde.

Nesta segunda-feira (27), durante o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação, ela comemorou a volta do Zé Gotinha e reforçou a necessidade da mobilização. “Vamos proteger nossas vidas. Esse movimento tem que ser do governo federal, dos governos estaduais, municipais, de toda a sociedade. É um movimento em defesa da vida”, defendeu.

Confira o passo a passo:

• Passo 1 – Planejamento e cronograma

Em 31 de janeiro, o Ministério da Saúde divulgou o cronograma nacional de vacinação 2023. As ações, nessa época, já estavam planejadas e previstas para começar em 27 de fevereiro, com a vacinação com doses de reforço bivalentes contra a Covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos acima de 70 anos e pessoas com deficiência. As etapas foram organizadas de acordo com o público mais vulnerável aos casos mais graves da doença e o planejamento de entregas de doses do Ministério da Saúde. Todo o cronograma passou por ampla discussão entre os técnicos, pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e foi pactuado com os representantes de estados e municípios.

• Passo 2 – Chegada das doses ao Brasil

Evidências científicas comprovam que as vacinas bivalentes aumentam a imunidade contra o vírus da cepa original e a variante Ômicron. Esses imunizantes são altamente eficazes contra a Covid-19, assim como as vacinas monovalentes. Ambos os tipos, fabricados por laboratórios internacionais, chegam ao Brasil e precisam de uma liberação da Receita Federal, chamada de “desembaraço”. Feito isso, os lotes são encaminhados para o Centro de Distribuição de Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, que fica em Guarulhos/SP.

• Passo 3 – Check na temperatura ideal

Os monitores de temperatura, chamados de dataloggers, acompanham os imunizantes em todo o trajeto, até o desembarque no Brasil. No caso das doses da Pfizer, por exemplo, em cada caixa de vacina, os aparelhos registram dados importantes para verificar se as doses passaram por alguma variação de temperatura no caminho.

• Passo 4 – Controle de qualidade e… vacina liberada!

O controle de qualidade é rígido, para garantir segurança à população. Pela legislação, as vacinas importadas só são enviadas aos estados e municípios após análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). Esse processo, do momento da chegada ao Brasil até a liberação para distribuição, leva, em média, 5 dias, nos casos das vacinas importadas para a Covid-19.

• Passo 5 – Diálogo tripartite

Diálogo e construção. Para definir as quantidades de imunizantes para cada estado e município, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), se reúne com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Decisões acordadas, é hora de publicar o Informe Técnico, documento com recomendações e que os gestores locais do SUS devem seguir para garantir uma campanha de sucesso.

• Passo 6 – Partiu!

Após decisões tomadas de forma compartilhada, o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Logística, coordena a programação dos voos ou de transporte terrestre e o agendamento da entrega junto aos estados – para isso, é necessário que um representante do governo estadual receba os lotes pessoalmente. É importante lembrar que cada unidade Federativa é responsável pela distribuição das doses aos municípios.

• Passo 7 – Chegou a sua vez

É hora de mobilização nacional. O Brasil, considerado um país pioneiro em campanhas de vacinação, desde 2016, vem apresentando retrocessos nesse campo. Não apenas a Covid-19, mas praticamente todas as coberturas vacinais estão abaixo da meta. Por isso, o objetivo é retomar os altos percentuais de proteção. As ações de comunicação e de comprometimento da sociedade são essenciais para que as campanhas de imunização tenham efeito. Vacinação salva vidas. Procure um posto de saúde e vacine-se!

Vamos juntos dar mais um passo? Compartilhe essa ideia!

Cada brasileiro e brasileira é parte fundamental para o sucesso da estratégia de vacinação. Por meio do portal gov.br/saude e das redes sociais, é possível se informar e compartilhar sobre a importância de manter a caderneta de vacinação atualizada e os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas. O Ministério da Saúde está presente no Instagram, Facebook, Twitter, Linkedin, TikTok, Youtube, Flickr, Spotify, Deezer e Telegram. Acesse e chame mais um para o Movimento Nacional pela Vacinação.

Bianca Lima
Ministério da Saúde