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“Minuto de Ouro” é determinante para saúde dos bebês, diz pediatra do HMJMA

Cronômetro marca tempo de assistência ao recém-nascido após o nascimento

O primeiro minuto de vida de um bebê pode ser determinante para o seu futuro. Segundo a pediatra e neonatologista Ana Larissa de Melo, atuante no Hospital e Maternidade José Martiniano de Alencar (HMJMA), um em cada dez recém-nascidos necessita de ajuda para respirar ao nascer. “Trata-se do ‘Minuto de Ouro’. É por isso que é protocolo termos um pediatra ou neonatologista presente no momento do parto”, diz a médica.

De acordo com a especialista, no “Minuto de Ouro”, avalia-se a vitalidade do recém-nascido de forma integral – uma espécie de atendimento de emergência. Assim que uma criança nasce, um cronômetro é acionado na sala de parto.

Se o bebê chorar, não apresentar coloração azulada na pele, nos lábios e nas unhas – causada por uma escassez de oxigênio no sangue –, e possuir frequência cardíaca superior a 100 batimentos por minuto, por exemplo, ele é levado para os braços da mãe por 60 a 180 segundos. Só depois é feito o clampeamento do cordão umbilical, procedimento que antecipa o corte. “A espera se faz necessária para passar sangue da mãe para o bebê e, assim, evitar anemia”, explica a neonatologista.

Riscos

Caso o pequeno nasça cianótico, sem chorar e sem frequência cardíaca, no entanto, o bloqueio do cordão umbilical ocorre de forma imediata. “Ele pode estar em parada cardiorrespiratória. Então, o levamos ao berço aquecido e já começamos o processo de reanimação”, detalha.

Nessa situação, o bebê inicia uma batalha contra o tempo. O risco de morte ou de desenvolvimento de doença aumenta em 16% a cada 30 segundos sem ventilação após o nascimento.

A agente administrativa e estudante de Enfermagem Raiane de Lima Moura, de 30 anos, teve o primeiro filho no dia 3 de fevereiro. Um parto antecipado pela diabetes gestacional.

“Uma vez que é feita a cesariana antes das 40 semanas, o bebê pode não estar pronto para nascer e o pulmão pode não estar pronto para respirar sozinho. Isso impacta no primeiro minuto de vida. A gente precisa, então, reanimar esse recém-nascido para garantir que ele não tenha sequelas”, pontua Ana Larissa de Melo.

Apesar de nascer antes do previsto, Davi Lourenço permaneceu apenas em observação. “Eu o vi e ele precisou ir para outra sala, mas ele chorou, eu ouvi, e fiquei muito feliz. É meu primeiro filho. Foi muito esperado. Cheguei a sonhar sobre como ele seria”, afirma Moura.



Fonte: Governo do Ceará

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