A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou, nesta quinta-feira (2), do debate “Os afluentes da ciência na reconstrução nacional”, durante a 13ª edição da Bienal de Cultura e Arte dos Estudantes, organizado pelas entidades União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG).
Nísia falou da situação de calamidade vivida pelo povo Yanomami, tragédia humanitária que levou o governo federal a decretar estado de emergência em saúde pública e convocar a Força Nacional do SUS para atuar na região.
A 13ª Bienal acontece entre os dias 2 e 5 de fevereiro, nas instalações da Fundição Progresso, na Lapa, cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Com o lema “Um rio chamado Brasil”, o evento reúne milhares de estudantes, de todas as regiões do país, com mostras culturais, científicas e apresentações artísticas. O tema propõe um olhar sobre a diversidade da formação do Brasil e a capacidade de resistência e adaptação de seu povo, que tal como os rios se nutrem dos afluentes e tornam-se fortes e caudalosos.
Para a ministra, a saúde precisa ser pensada em sua integralidade, observando as especificidades de cada um. “Estamos enfrentando a grave crise yanomami e buscando avançar na saúde indígena. Vamos lutar para que a política nacional de saúde para a população negra, aprovada ainda no primeiro governo Lula, venha a ser implementada. A luta na saúde é a luta pela integralidade. A agenda da saúde é a agenda da educação, da ciência, dos direitos humanos”, disse.
As entidades estudantis homenagearam a ministra com uma placa de honra ao mérito pelos serviços prestados à ciência e à saúde, desde sua atuação como presidenta da Fundação Oswaldo Cruz, quando liderou a instituição na busca pela produção de vacinas contra a Covid-19.
A ministra Nísia conclamou a juventude brasileira a participar da 2ª Conferência Livre Nacional de Juventudes e Saúde. A conferência é uma etapa preparatória para a 17ª Conferência Nacional de Saúde, marcada para julho.
“A 13ª Bienal de Arte e Cultura da União Nacional dos Estudantes e a 2ª Conferência Livre Nacional de Juventudes e Saúde, são um marco histórico e desempenham um importante papel como etapa preparatória para a 17ª Conferência Nacional de Saúde. A luta da saúde é luta por equidade”, acrescentou a ministra.
Com informações da ANPG e do Conselho Nacional de Saúde (CNS)
