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IPC possui tecnologia de ponta para mamografia de rastreamento, indicada para mulheres de 50 a 69 anos

Antonieta Alves de Oliveira foi encaminhada ao IPC para investigar um possível câncer de mama; a mulher aguarda resultado de biópsia

Era feriado de Natal de 2021 quando Antonieta Alves de Oliveira, de 56 anos, sentiu um incômodo no seio esquerdo. Logo após a festividade, ela buscou, junto à irmã, uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Maracanaú, onde reside, para verificar o que identificou ser um “caroço”. Antonieta foi encaminhada, então, ao Instituto de Prevenção do Câncer (IPC), unidade de referência secundária vinculada à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), em Fortaleza.

Na última quarta-feira (1º), a dona de casa passou por uma biópsia da mama, guiada pelo aparelho de ultrassom, realizada pela mastologista Lina Araújo, e agora aguarda o resultado. “Retiramos pequenos fragmentos do tumor para avaliação do setor de Patologia do IPC, a fim de verificar se é câncer ou não”, explica a especialista.

LEIA TAMBÉM: Mamografia auxilia o diagnóstico precoce do câncer de mama; IPC tem capacidade para 40 exames diários via Central de Regulação

Duas datas importantes chamam atenção para casos como o de Antonieta. Os dias Mundial do Câncer e Nacional da Mamografia, celebrados em 4 e 5 de fevereiro, respectivamente. O primeiro é uma campanha da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), cujo objetivo é mobilizar ações para o acesso à saúde da população; o segundo destaca a relevância do exame na detecção precoce de alterações nas mamas. A data foi instituída pela Lei nº 11.695 de 2008.

A ginecologista Christina Benevides, diretora médica do IPC, alerta sobre os cuidados possíveis para o diagnóstico precoce, sendo um deles a mamografia

O câncer de mama é a segunda maior causa de mortalidade pela doença entre mulheres e o mais incidente no Brasil, depois do de pele não melanoma. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) prevê que, até 2025, 74 mil novos casos surjam no País. “Ele não é prevenível, não há vacina ou medicamentos que impedem seu surgimento. O que fazemos é a detecção precoce, e, com isso, conseguimos melhores resultados no tratamento e na sobrevida das pacientes”, afirma a diretora médica do IPC, a ginecologista Christina Benevides.

A mastologista Lina Araújo ressalta a importância do autoexame. No entanto, ela reitera a necessidade do monitoramento feito pela mamografia. “O teste das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo e auxilia a perceber as mudanças habituais sofridas pelas glândulas. Entretanto, esse procedimento não substitui a análise clínica realizada por um profissional de saúde treinado. O autoexame só é preconizado onde não existe mamografia”, diz.

Para ter acesso ao procedimento, pacientes são encaminhadas por meio da Central Estadual de Regulação

A mamografia é uma importante ferramenta para o diagnóstico precoce. O IPC tem à disposição da população o mamógrafo digital, com capacidade para realizar 40 exames diários. Em 2022, o equipamento realizou mais de cinco mil mamografias. Para ter acesso ao procedimento, pacientes são encaminhadas por meio da Central Estadual de Regulação. Além do IPC, as policlínicas regionais também realizam o exame, via encaminhamento de unidades básicas.

A mamografia é um raio-x das mamas. No método, os seios são pressionados no aparelho; a compressão é necessária para produzir imagens mais nítidas, e o eventual desconforto é suportável.

Diagnóstico precoce dá mais possibilidade de cura e reduz chance de mortalidade, afirma a mastologista Lina Araújo

“A mamografia consegue detectar um nódulo pelo menos um ano antes da evidência clínica, ou seja, consegue descobrir nódulos muito pequenos, impalpáveis. Além disso, é o único exame capaz de detectar microcalcificações que podem representar um pré-câncer em alguns casos”, detalha Lina Araújo.

Recomendações do Sistema Único de Saúde (SUS) colocam a mamografia de rastreamento – em mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama – como imprescindível na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos. Homens trans não submetidos à mastectomia também devem fazer o exame de rastreio. A retirada das mamas não anula por completo o risco de câncer, embora ele seja reduzido.

“Nessa etapa da vida, há uma alta prevalência do câncer de mama. O benefício de examinar esse grupo a cada dois anos compensa o custo da realização do exame. O diagnóstico precoce pode proporcionar redução da mortalidade”, acrescenta Christina Benevides.

A técnica em Radiologia Nerice Silva acolhe e orienta pacientes que irão realizar o procedimento no mamógrafo digital, no IPC

Nerice Silva, de 46, é o primeiro rosto que as pacientes encontram quando acessam a sala para realizar a mamografia. “É uma atividade dinâmica. Muitas das vezes, elas chegam com medo, e a gente tenta acalmar, acolher, dizer coisas para tranquilizá-las”, conta a técnica em Radiologia.

A conversa que antecede o procedimento, ela pontua, é necessária, pois muitas mulheres chegam acreditando que o exame causa dor. “A gente trata logo de explicar como funciona, de sanar todas as dúvidas. Nosso aparelho é de ponta e não incomoda tanto quanto o convencional”, compara.

A dona de casa Luiza Maria da Cruz, de 53, realizou a mamografia de rastreamento pela primeira vez

Luiza Maria da Cruz, de 53 anos, buscou um posto de saúde de Camará, distrito do município de Aquiraz, a 37 quilômetros de Fortaleza, para fazer uma avaliação médica. Depois, a dona de casa foi encaminhada ao IPC para realizar a mamografia, como forma de monitoramento. Mesmo sem histórico de câncer de mama na família, Luiza entende a necessidade do exame. “Fiz mais pra conferir se não há nada de errado. Estou sempre atenta aos cuidados necessários. Faço o toque constantemente, além de mamografias de rotina”.

O diagnóstico de câncer ainda é motivo de medo para muitas pessoas. Lina Araújo, no entanto, afirma ser possível percorrer um caminho de sucesso no tratamento. “Hábitos saudáveis e uma rotina de exercícios são as principais recomendações para evitar qualquer tipo de câncer, para ter sucesso no tratamento e para diminuir as chances de recidiva da doença”, indica a mastologista

Christina Benevides reitera que a discussão sobre diagnóstico precoce, cuidados e atenção ao câncer de mama precisa ser pautada em outros meses do ano, não se concentrando na campanha “Outubro Rosa”. “O câncer de mama não acontece somente nesse mês, então, precisamos ampliar o debate acerca dos métodos de diagnóstico precoce e da mamografia, seja ela de rotina ou não”, pondera a diretora médica do IPC.



Fonte: Governo do Ceará

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