O Centro Socioeducativo Dom Bosco sediou, esta semana, o 3º Festival de Arte e Cultura, com música, poesia e grafite e até apresentação da Escola de Samba Império Ideal. Os adolescentes tiveram um dia bem animado. Não faltaram talentos no palco. Jovens do Dom Bosco, Canindezinho, Patativa do Assaré e Aldacir Barbosa Mota (feminino) mostraram afinação na música (composições autorais) e belas poesias retratando os dias atuais. O artista Eduardo Africano foi o mestre de cerimônia do Festival.
“Com muita fé e orações, eu consegui vencer todas as minhas aflições/Quando chegou a noite, comecei a refletir, que devo preservar a alegria que vem do peito e deletar a tristeza que vem da alma/tenho que obedecer a minha mente e o meu coração”. O jovem poeta, que cumpre medidas socioeducativas no Centro Socioeducativo Canindezinho, foi aplaudido de pé pelos socioeducadores e socioeducandos. Arte e cultura vencendo todas as barreiras.
A iniciativa é do eixo de arte, cultura, esporte e lazer da Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas) que conseguiu reunir mais de 30 jovens e adolescentes no evento, em busca da descoberta de talentos na bateria, no violão e futuros cantores. “A cada momento desses, acabamos descobrindo os caminhos que os jovens devem seguir. Eles brilham, seja numa canção autoral, tocando um instrumento e até na arte do grafite”, comemora Savânya Shell, assessora do eixo arte e cultura da Seas.
Arte do grafite
O professor Mariano Penha, educador social do Cuca José Wálter, participou também do Festival. Com tintas e cores fortes, Mariano convidou adolescentes do Dom Bosco para ajudar na composição do grafite. Ao final, estava escrito no mural: “Educação salva-vidas”. Mariano realiza esse trabalho no Cuca e em outros centros socioeducativos, sempre que é convidado. “Estamos dando a nossa colaboração. Isso é arte, faz parte do nosso dia a dia”, definiu.
Para animar a festa e já entrar no ritmo do carnaval, a Escola de Samba Império Ideal, do Mucuripe, fez uma apresentação e colocou todos para dançar. A rainha da bateria deu o tom de beleza com os seus passos mágicos na quadra do Dom Bosco. O samba-enredo da escola, que valoriza a cultura negra, foi cantado em versos por todos os presentes. Houve apresentações, também de capoeira, com participação dos adolescentes.
