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Falta de acesso à serviços de saúde e desinformação são fatores de risco para a gravidez não intencional na adolescência

vistorias nas sedes dos três Poderes em Brasília (DF) — Português (Brasil)

Considerado um tema relevante de saúde pública, a gravidez na adolescência pode repercutir na saúde da adolescente e do recém-nascido, além de afetar o desenvolvimento de jovens que se tornam mães e pais de forma não planejada e muito cedo. Na Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, o Ministério da Saúde faz um alerta para a desinformação e a falta de acesso às ações de saúde sexual e saúde reprodutiva, consideradas principais fatores de risco para a gravidez não intencional na adolescência.

Somente em 2020, o total de nascimentos de crianças de mães adolescentes foi de 380.778, representando 14% do total de nascidos vivos. O Estudo Saúde Brasil do Ministério da Saúde (2018), indica uma das maiores taxas de mortalidade infantil entre mães mais jovens (até 19 anos), com 15,3 óbitos para cada mil nascidos vivos (acima da taxa nacional, de 13,4 óbitos). Isso porque além da imaturidade biológica, condições socioeconômicas também influenciam.

A gestação não intencional na adolescência pode levar a jovem a ter sua vida escolar interrompida. Ao engravidar, muitas meninas abandonam os estudos. Cerca de 20% das adolescentes que engravidaram deixaram de estudar, segundo pesquisa do EducaCenso 2019 que contemplou cerca de metade das escolas públicas e privadas do país. Ao todo, 91.740 escolas responderam e informaram que, em 2018, 65.339 alunas na faixa etária de 10 a 19 anos engravidaram.

Prevenção

Um dos mais importantes fatores de prevenção é a educação. Um estudo da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), publicado em 2018, aponta que a gravidez na adolescência ocorre com maior frequência entre as meninas com menor escolaridade e menor renda, menor acesso a serviços públicos, e em situação de maior vulnerabilidade social.

Mesmo sem a presença dos pais ou responsáveis, os/as adolescentes podem procurar a unidade de saúde mais próxima para se informar sobre os cuidados em saúde, e em conversa com os profissionais de saúde, podem sanar dúvidas e reduzir ansiedade, tornando-se mais seguros e confiantes sobre seu desenvolvimento e mais conscientes sobre seus direitos sexuais e reprodutivos.

Os profissionais deverão apresentar atitudes positivas e acolhedoras com a população adolescente, considerando a diversidade e equidade de gênero, raça/cor e demais vulnerabilidades e orientar sobre as intervenções adequadas dentro do plano de vida individualizado. Em caso de início da vida sexual, a orientação deve incluir o uso de métodos contraceptivos, favorecendo a autonomia e a livre escolha.

Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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