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Fernando Haddad sublinha a importância da integração de países da América Latina

vistorias nas sedes dos três Poderes em Brasília (DF) — Português (Brasil)

Fortalecer a integração entre os países da América Latina é a chave para a retomada do processo de desenvolvimento na região. Esse argumento serviu de base para a análise, feita pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) nesta quarta-feira (18/1), sobre o papel que o Brasil tem no contexto do crescimento econômico latino-americano. Ele encerrou sua participação no Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos (Suíça), em um painel ao lado da vice-presidente da República Dominicana, Raquel Peña, e dos presidentes Gustavo Petro (Colômbia), Guillermo Lasso (Equador) e Rodrigo Chaves (Costa Rica).

Haddad ressaltou que o Brasil teve destaque ao longo dos dois primeiros mandatos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, justamente por promover uma grande integração com os vizinhos. Segundo o ministro, os mecanismos democráticos para que o Brasil e os países vizinhos fossem ouvidos em todos os fóruns internacionais foram ativados. “Nós entendemos que essa integração regional com os países da América Latina é absolutamente necessária”, afirmou.

O presidente Gustavo Petro exaltou o potencial que a América Latina tem para contribuir no combate às mudanças climáticas, em especial pela capacidade de geração energia limpa. Haddad mostrou afinidade com o tema: “conforme o presidente Petro destacou, nós temos a mesma visão no que diz respeito à geração de energia limpa, já que temos um enorme potencial para a produção de energia solar, eólica, e para a produção de hidrogênio verde”, frisou.

O ministro da Fazenda ainda participou de reuniões bilaterais, entre elas uma com o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Mathias Cormann. Ao conversar com jornalistas brasileiros antes de embarcar de volta ao Brasil, Haddad destacou a importância da participação no Fórum Econômico Mundial e disse que essa representação nos grandes eventos internacionais é fundamental.

“O Brasil precisa ter representantes em todos os fóruns e aqui não é diferente. Você precisa mandar alguém pra cá. Se não veio o presidente da República, vem um ministro, dois ministros — mas sempre é importante ter alguém representando o Brasil, porque você dissemina informações relevantes, perspectivas sóbrias sobre o que vai acontecer”, explicou. Nesse sentido, o ministro voltou a destacar que a presença dele e da ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) em Davos foram importantes, particularmente, devido à preocupação mundial com o momento político brasileiro após os atentados de 8 de janeiro em Brasília (DF).

“Saio daqui satisfeito sobre o que eu ouvi sobre o Brasil. Eu cheguei aqui surpreso com o grau de preocupação com o Brasil e eu penso que a mensagem da Marina e a minha foi no sentido de mostrar que o Brasil segue forte. As pessoas ficaram felizes em ouvir isso da nossa parte. Não há nenhuma razão para o mundo ter preocupação com o Brasil. O que o Brasil demonstrou, nesse ataque, foi que as instituições se uniram, todos os governadores, todos os poderes da República, em torno da mesma causa: preservar as liberdades democráticas do Brasil”, afirmou Haddad.



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