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Tensão em Brasília altera planos de segurança da posse de Lula

Presidente eleito, Luis Inácio Lula da Silva sorrio em fotografia
A tensão tem aumentado em Brasília devido ao receio de atentados e à permanência de manifestantes próximos ao Quartel General do Exército após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições. No sábado (25), um empresário foi preso por suspeita de preparar um atentado próximo ao aeroporto da capital, com armas e munições apreendidas. Ele confessou ter tentado provocar as Forças Armadas para que decretassem o estado de sítio e planejava colocar explosivos em postes próximos a uma subestação de energia em Taguatinga. A prisão aumentou ainda mais a tensão em torno da posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente, prevista para 1 de janeiro, e autoridades estão revisando os planos e reforçando o policiamento. Além disso, houve uma noite de vandalismo na capital há cerca de 15 dias, com ônibus depredados, carros incendiados e vidros de lojas quebrados.

Neste sábado (25), um empresário suspeito de preparar um antendo próximo ao aeroporto da capital federal foi preso, com ele foram apreendidas armas e munições. Ele confessou sua intenção: provocar as Forças Armadas para decretares o estado de sítio.

Desde o resultado da eleição, com a derrota de Bolsonaro (PL), centenas de apoiadores ocupam a frente de quartéis do Exército. George Sousa, o homem detido, seria uma dessas pessoas, insatisfeitas com a vitória de Lula (PT).

O episódio elevou a tensão em Brasília. Há receio real de atentados. O próprio George, segundo depoimento à polícia, planejeva mais. Sua intenção era colocar explosivos em postes próximos à subestação de energia em Taguatinga, cidade satélite do Distrito Federal.

George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, é um empresário do ramo de gás do Paraná. Mudou-se para Brasília em novembro para participar das manifestações. Morava num apartamento de classe média na região Sudoeste. Foi lá que a polícia encontrou duas espingardas, um fuzil dois revólveres, três pistolas e cinco emulções explosivas. Ele é CAC. Possuia a chamada Concessão de Certificado de Registro para realizar atividades de Colecionamento de armas de fogo, Tiro Desportivo e Caça.

Sua motivação para o ato era política, conforme seu próprio depoimento. Brasília não vivia um clima tão tenso desde o começo dos anos 80.

Segurança para a posse de Lula é ampliada

Flávio Dino, escolhido por Lula para ser assumir o ministério da Justiça e Segurança Pública falou do impacto da tentativa de atentado na posse do próximo chefe do Executivo. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Dino declarou: “Tudo vai ser revisto, tudo repassado, passo a passo, para fortalecer a segurança do presidente e da posse. Estamos diante de um fato novo muito grave, envolvendo um homem com fuzis e bombas, que afirma não ter agido sozinho.”

Além de Flávio Dino, mais autoridades próximas à Lula estão com receio. O epicentro do temor é a tensão causada pela permanência de manifestantes próximos ao Quartal General do Exército em Brasília.

Há 15 dias, uma noite de vandalismo caiu sobre a capital federal. Ônibus depredados, carros incendiados, vidros de lojas quebrados. Uma cena inédita no país. O motivo teria sido a retaliação por manifestantes após a decretação da prisão do líder indígena José Acácio Serere Xavante. A diplomação de Lula ocorreu naquele mesmo dia, 12 de dezembro.

É difício prever o que pode ocorrer em primeiro de janeiro, durante a posse. Os ânimos estão acirrados. Não há uma liderança consolidada conduzindo essas manifestações. É cada um por si. A ausência de Jair Bolsonaro, que não deve passar a faixa presidencial ao sucessor e a imprensa noticia sua viagem para os Estados Unidos ainda no dia 28, deve deixar seus apoiadores ainda mais inseguros. É na diplomação que a insatisfação dos apoiadores do atual presidente deve atingir seu ápice.

Caravanas se dirigem à Capital Federal para a posse

O PT contabiliza mais de 750 caravanas para a posse de Lula em Brasília. Os apoiadores do presidente eleito poderão usar a estrutura de escolas públicas e locais preparados para apoio, segundo a organização. Shows foram preparados com vários artistas nacionais. Está previsto um público de cerca de 300 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios.

Flávio Dino quer evitar vacância no Poder nas primeiras horas do dia 1 de janeiro

Flávio Dino, olha atento para Anderson Torres. Próximo e atual ministros da Justiça discutem a transição da pasta.
Flávio Dino, à direita, discute a transição do Ministério da Justiça com atual ministro Anderson Torres.

Flávio Dino, futuro ministro da Justiça, informou à GloboNews que vai antecipar atos de segurança para o dia primeiro.

No momento que se esvai o mandato presidencial, a posse em si é uma formalização de algo que a Constituição impõe. O mandato se encerra à meia-noite de 31 de dezembro. Logo, o novo mandato começa à 0h01 do dia 1º de janeiro. Essa é a leitura que fazemos.

O ministro faz referência à uma suposta vacância no poder que, para ele, deve ser ocupada já pelos novos integrantes do governo. “Nós vamos antecipar certos atos porque não pode haver vazio de poder. Já nas primeiras horas do dia 1º, nós vamos tomar as providências para que não ocorra nenhuma situação de instabilidade”, afirmou.

Foram mobilizados cerca de 700 agentes da Polícia Federal, principal força que atuará na segurança de Lula no evento de posse. A PF e outras forças policiais atuaram na segurança do próprio presidente, do público e das delegações estrangeiras. Somente a delegação norte-americana deve ocupar 200 quartos de um dos hotéis em Brasília.

Nem o espírito do Natal foi capaz de trazer a paz que o país precisa.

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