Wolney Queiroz nega racha entre PDT e governo Lula em congresso

Ministro da Previdência destaca a importância da atenção às demandas do PDT durante o 20º Congresso da Abraji em São Paulo.

Breaking News

O ministro da Previdência, Wolney Queiroz (PDT), fez uma declaração importante durante o 20º Congresso da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), realizado em São Paulo. Ele garantiu que não existe uma ruptura entre o seu partido, o Partido Democrático Trabalhista (PDT), e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Queiroz enfatizou que as tensões atuais são reflexo de uma busca por mais atenção do Palácio do Planalto às demandas do partido, especialmente em um momento em que essas necessidades estão em constante aumento.

Demandas por mais atenção do Palácio do Planalto

Em suas declarações, Queiroz fez questão de esclarecer que a relação entre o PDT e a administração federal é cercada de cobranças naturais. “Atualmente, existem demandas do PDT, e de todos os partidos, que não estão sendo atendidas. O partido tem pressionado o governo por mais verbas, emendas e recursos destinados a municípios e estados. Isso é algo esperado na política”, afirmou o ministro.

A preocupação com a relação entre o PDT e o governo se intensificou após a exoneração de Carlos Lupi, ex-presidente da sigla, em maio deste ano. Após esse evento, os 17 deputados da bancada do PDT chegaram a emitir uma declaração de independência em suas votações na Câmara, o que gerou incertezas sobre a continuidade da aliança política. No entanto, Queiroz se manifestou para desmentir as especulações de um rompimento, ressaltando que sua nomeação foi aprovada pelas lideranças do partido nas duas casas do Legislativo.

Mantendo relações políticas saudáveis

O ministro explicou que, antes de assumir a pasta da Previdência, ele se reuniu com os líderes do Senado e da Câmara, deixando claro que sua ida para o Ministério foi um acordo consensual. “Os deputados me contataram dizendo: ‘não temos nenhum problema com você’. Portanto, não há qualquer questão em relação à minha transição para o Ministério”, enfatizou Queiroz. Para ele, é fundamental que as relações se mantenham claras e transparentes. A declaração recente de independência na Câmara foi interpretada como um sinal de que o PDT necessita de “mais atenção” da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT).

Em busca de reaproximação, Gleisi se reuniu recentemente com 17 deputados federais do PDT, onde o líder da bancada na Câmara, Mário Heringer (MG), reafirmou a independência do partido, mas deixou claro que isso não equivale a uma oposição ao governo.

Alianças programáticas e expectativas para o futuro

Apesar das tensões recorrentes, Queiroz reafirmou que o PDT mantém um alinhamento programático com o governo Lula e que espera que o partido vote a favor das iniciativas do governo na maioria das ocasiões. Como parte de um campo político de centro-esquerda, o ministro apontou que as pautas do PDT estão em sintonia com as do PSB e do PT, o que abre espaço para colaborações nas votações futuras.

Além das questões internas do partido, Queiroz foi indagado sobre a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará fraudes bilionárias no INSS, programada para ocorrer no segundo semestre. O ministro destacou que essa CPI será uma oportunidade para o governo mostrar suas ações no combate às irregularidades.

Queiroz ressaltou que os responsáveis por não alertar o Ministério da Previdência sobre as fraudes devem ser convocados. Entre eles, ele nomeou o procurador-geral do INSS, Virgílio Filho, e o ex-diretor de Benefícios, Vanderlei Barbosa dos Santos, ambos afastados após investigações relacionadas.

Impactos eleitorais à vista

Questionado sobre como o escândalo pode impactar o cenário eleitoral, principalmente com vistas à corrida presidencial de 2026, Queiroz optou por não misturar a situação atual com as futuras eleições. “Reconheço que o desgaste político é real, mas acredito que o resultado dessa investigação poderá influenciar o ambiente eleitoral”, comentou, expressando confiança de que a CPI esclarecerá as responsabilidades pelas fraudes do passado.

“Há consequências eleitorais, mas estou convencido de que teremos uma boa oportunidade durante a CPI para demonstrar que, embora as falhas tenham ocorrido anteriormente, foi o governo Lula que pôs fim aos atos de corrupção contra os aposentados”, concluiu Queiroz, deixando sua expectativa de que Lula possa reaver os recursos desviados e apoiar os aposentados.

PUBLICIDADE

Notícias

Institucional

Para você