Cenário político no Rio é afetado pela exoneração de Washington Reis

Conflitos políticos intensificam-se no Rio de Janeiro após a exoneração do ex-secretário de Transportes, Washington Reis.

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O cenário político do Rio de Janeiro se tornou ainda mais conturbado após a exoneração do ex-secretário estadual de Transportes, Washington Reis, pelo presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar. Em uma operação de intervenção, o senador Flávio Bolsonaro se manifestou nesta terça-feira, exigindo que o governador Cláudio Castro reverta a demissão de Reis. No entanto, Bacellar não hesitou em afirmar que, se sua decisão não for respeitada, irá abandonar suas pretensões de ser candidato à sucessão de Castro.

Conflito entre lideranças políticas

A exoneração de Reis foi publicada por Bacellar enquanto Castro estava em uma viagem internacional. A contrariedade entre Bacellar e Reis, ambos com vínculos com a família Bolsonaro, evidencia a complexidade das alianças políticas em Brasília e no Rio de Janeiro. Flávio, conhecido por seu envolvimento em questões governamentais, destacou a importância de Reis no contexto eleitoral de 2026, enfatizando a necessidade de união entre as lideranças. Esse episódio revela a fragilidade das alianças que sustentam o governo de Castro, e a pressão sobre o governador para tomar uma decisão que satisfaça os dois políticos está em alta.

A posição de Flávio Bolsonaro

Em entrevista ao site Agenda do Poder, Flávio expressou que solicitou a Castro que “revogue a exoneração e negocie uma saída no diálogo” entre Bacellar e Reis. O senador argumentou que a possibilidade de um entendimento entre os dois é crucial para manter Reis alinhado ao bloco governista nas próximas eleições. “Washington Reis é uma grande liderança e é importante estar no nosso time em 2026”, concluiu Flávio em sua declaração. Sua insistência em manter Reis no cargo reflete não apenas um desejo pessoal, mas também um reconhecimento do papel estratégico que o ex-secretário desempenha nas alianças políticas.

Reação de Bacellar

Em resposta à solicitação de Flávio, Bacellar reafirmou que sua posição é firme. Ele declarou que retiraria seu apoio à candidatura caso sinta que sua decisão de demitir Reis não seja respeitada por Castro. Bacellar já havia expressado sua intenção anteriormente, afirmando que, embora o governador tenha o direito de reverter sua decisão, isso faria com que ele “não compactuasse mais” com o projeto de se candidatar à sucessão no Executivo estadual. Essa declaração revela um cenário de divisão entre os aliados, onde cada um tenta se posicionar estrategicamente para maximizar seu poder político.

A pressão para uma reunião

As tensões aumentaram, e Bacellar, após se reunir com Flávio na última sexta-feira, buscou apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro para sua decisão de demitir Reis. O ambiente político atual evidencia uma luta de poder que poderá influenciar os rumos das eleições em 2026. A busca por apoio de figuras influentes como Jair, enfatiza que a crise não é apenas uma disputa pessoal, mas um reflexo das diretrizes políticas que moldam o futuro do estado.

O futuro de Washington Reis

Ainda nesta terça-feira, Washington Reis aguardava uma convocação de Castro para discutir seu futuro no governo. O governador retornou de uma viagem a Portugal e, até o momento, manteve-se em silêncio sobre a situação delicada entre seus dois aliados. Apesar disso, Reis continuou a cumprir compromissos relacionados à secretaria estadual de Transportes em Brasília, onde se reuniu com o presidente da empresa pública Infra S.A. para discutir apoio federal a obras no estado. Essa movimentação deixa claro que, independentemente de sua exoneração, Reis ainda tem um papel ativo na política e que suas ações nos próximos dias serão cruciais.

Com a sequência de eventos políticos em ebulição, a situação permanecerá em desenvolvimento, especialmente com a proximidade das eleições. A capacidade de Castro em manejar essa crise e a habilidade de Bacellar e Flávio em negociar suas diferenças determinarão, em grande parte, o cenário político do Rio de Janeiro nos próximos meses. É um momento crítico que pode redefinir as alianças e a dinâmica do governo estadual, destacando a imprevisibilidade da política fluminense.

Matéria em atualização

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