A Marcha da Maconha de 2023 no Distrito Federal teve início neste domingo (21) na Esplanada dos Ministérios. Os manifestantes se concentraram em frente ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e seguiram em direção à Torre de TV. O evento reuniu ativistas, artistas e políticos em prol do fim do extermínio da população negra e dos povos originários.
Levando a mensagem de justiça social e legalização da maconha, os participantes da marcha empunhavam cartazes com mensagens como “pelo fim da guerra às drogas”, “eu quero um pé no meu quintal”, “legalizar é reduzir danos” e “legalize já”. O lema deste ano, “pelo fim do extermínio do povo preto e dos povos originários”, destaca a urgência em combater a discriminação e a violência sistêmica sofrida por esses grupos.
Apresentações e participações políticas
Durante a manifestação, as fanfarras Mulhara Antifa e Pedra Fundamental animaram os manifestantes com suas apresentações musicais. O DJ Jay Lee também marcou presença, garantindo o clima festivo do evento. Além disso, os deputados distritais Fábio Félix (Psol-DF) e Max Maciel (Psol-DF) estiveram presentes, reforçando o compromisso político com a pauta da marcha.
Combate à política de guerra às drogas
Max Maciel, em entrevista ao portal G1, destacou a importância da marcha como uma forma de denunciar os problemas causados pela política de “guerra às drogas”. Ele ressaltou que a falta de especificação na lei que defina a quantidade de maconha caracteriza o uso pessoal ou o tráfico, resultando no encarceramento em massa da população negra e periférica.
Segundo Maciel, muitos jovens são presos por tráfico, mesmo portando quantidades mínimas da substância, o que fortalece o crime organizado ao recrutar esses jovens nas prisões. A Marcha da Maconha busca conscientizar a sociedade sobre a necessidade de repensar essa política e buscar alternativas mais justas e eficazes.
A marcha se tornou um espaço de debate e mobilização para discutir a legalização da maconha, levando em consideração não apenas a liberação do uso recreativo, mas também a importância da redução de danos, o respeito aos direitos individuais e a valorização da diversidade cultural. A mensagem transmitida pelos manifestantes é clara: é preciso repensar a abordagem das políticas relacionadas às drogas, considerando a realidade social e os impactos causados pela criminalização.