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Fernando Haddad pede harmonia entre o Ministério da Fazenda e o Banco Central

Fernando Haddad pede harmonia entre Ministério da Fazenda e Banco Central
Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, pede harmonia entre o Ministério e o Banco Central, defendendo a redução da taxa Selic. Ele destaca a importância do bem-estar do povo e da justiça social, enfatizando a necessidade de colaboração entre as instituições. Haddad vê a economia brasileira pronta para um ciclo de queda nos juros e acredita que o país tem a oportunidade de liderar o próximo ciclo de expansão econômica, mesmo em um ambiente desafiador.

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, renovou sua defesa da redução da taxa básica de juros da economia brasileira, a taxa Selic, em um evento internacional promovido pelo Banco Central (BC) na sexta-feira (19). Apesar da decisão do BC de manter a taxa em um patamar elevado, Haddad argumentou que o país está pronto para iniciar um ciclo de queda nos juros.

Desacordo respeitoso

“Nós achamos que há espaço para iniciar um ciclo [de queda nos juros]”, afirmou o Ministro. “Mas, enfim, há uma equipe técnica ali [no Comitê de Política Monetária do BC] que está formada, e que nós procuramos respeitar”. Na sua analogia à medicação, Haddad sublinhou a necessidade de uma “dose correta” para a economia, que permita a recuperação sem efeitos colaterais prejudiciais.

O Ministério da Fazenda já apresentou dados ao BC argumentando que a economia do país suportaria a redução dos juros. “Pelo comportamento do juro futuro, do câmbio, e da própria inflação”, disse Haddad, “a economia demonstra que não está desaquecida, como se pensava no começo do ano, ela está desaquecendo porque as taxas são muito elevadas”.

Fernando Haddas fala em justiça social

Focando no lado humano da economia, o Ministro Haddad ressaltou a importância da promoção do bem-estar das pessoas e do desenvolvimento com justiça social. Ele afirmou que os servidores públicos devem servir à população e promover o desenvolvimento com justiça social e baixas taxas de inflação.

Haddad enfatizou, no entanto, que a discussão sobre a política de juros não deve ser vista como uma afronta ao Banco Central, mas como uma oportunidade para que o ministério e o BC colaborem para atingir objetivos comuns.

Uma economia de dois braços

Na visão de Haddad, o ministério e o BC devem funcionar como “dois braços do mesmo organismo”, trabalhando em conjunto para uma regulação adequada. Ele insistiu que não há uma “mão” mais importante que a outra, e ambas devem trabalhar ativamente em benefício da economia.

Oportunidade de liderança

Por fim, Haddad sustentou que o Brasil tem condições de “sair na frente” no próximo ciclo de expansão da economia mundial. Ele insistiu que o país tem a obrigação de buscar taxas de crescimento acima da média mundial, dado o seu potencial em recursos naturais, humanos e tecnologia nacional. Com inflação em queda e projeções de crescimento revisadas para cima, Haddad está convencido de que o Brasil está bem posicionado para liderar o próximo ciclo de expansão econômica, mesmo em um ambiente adverso.

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