O líder da organização foi preso com documentos falsos, em setembro de 2021, quando tentava mudar de rosto em uma clínica de cirurgia plástica em SÃO PAULO – SP. Natural do estado do PARANÁ, ele foi o responsável por diversos homicídios de criminosos concorrentes no litoral do estado e por embarques de drogas através dos portos de PARANAGUÁ – PR, ITAJAÍ – SC e SANTOS – SP.
Na Receita Federal, os trabalhos tiveram início após diversas apreensões ocorridas no porto de Paranaguá e que tinham os portos de ROTERDAM, ANTUÉRPIA e ALGECIRAS como destino.
Com a deflagração da operação, a Receita Federal irá agora analisar se todos os investigados possuem fonte de renda lícita para aquisição de vultoso patrimônio que foi sequestrado judicialmente na data de hoje.
Além disso, a ação conjunta irá avaliar a partir de agora se proprietários de construtoras e incorporadoras contribuíram para a ocultação da verdadeira propriedade de bens pertencentes à organização criminosa e que de fato foram adquiridos com recursos ilícitos. Serão verificadas as declarações referentes às operações de construção, incorporação, loteamento e intermediação de aquisições/alienações, envolvendo imóveis adquiridos pelos investigados. A DIMOB (Declaração sobre Operações Imobiliárias) é obrigatória e todas as pessoas físicas ou jurídicas que realizem as citadas operações devem entregá-la no ano em que ocorrerem a contação de serviços ou a compra/venda de imóveis. O mesmo ocorre com os recebimentos em “espécie” que devem ser comunicados através da Declaração sobre Operações em Moeda em Espécie – DME. A ausência dessas comunicações, aliada à falta de registros contábeis das transações por parte do vendedor, pode caracterizar o auxílio material para a prática do crime de lavagem ou ocultação de bens e sujeitar os responsáveis também às penas cominadas a este crime.
A operação contou com a participação de aproximadamente 300 Policiais Federais, 150 Policiais Civis do Estado do Paraná e 23 Auditores-fiscais e Analistas-tributários da Receita Federal que cumpriram, ao todo, 88 mandados de Busca e Apreensão e 30 de Prisão Preventiva. Os mandados foram cumpridos nos estados do PARANÁ, MATO GROSSO, MATO GROSSO DO SUL, SÃO PAULO, GOIÁS, ESPÍRITO SANTO e SANTA CATARINA.
As ordens judiciais expedidas preveem o sequestro de aproximadamente R$ 1 bilhão em imóveis com suspeita de ligação com a organização criminosa.