Artista de Quixeramobim interpretou o ator Charles Chaplin durante ação
Charles Chaplin visitou, na última semana, o Hospital Regional do Sertão Central (HRSC). Não era o ator mudo do cinema dos anos 1900, mas Átila Pereira de Sousa. O artista de teatro de Quixeramobim interpretou o mímico no lançamento da campanha Hospital com ruído, saúde em perigo!. O objetivo é conscientizar usuários do serviço e colaboradores sobre a necessidade do silêncio na unidade no período noturno.
Coordenada pelo Núcleo de Experiência do Paciente (Nexp), a iniciativa busca diminuir o barulho causado por conversas e pelo uso de aparelhos eletrônicos dentro do equipamento, vinculado à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e gerido pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) .
De acordo com o diretor administrativo do HRSC e presidente do Nexp, Elisfabio Duarte, a campanha surgiu a partir de pesquisas internas de satisfação e da experiência de pacientes. As informações reuniram relatos sobre o incômodo causado por intervenções sonoras à noite, dificultando o descanso.
“Essa situação, inclusive, é recorrente em ambientes hospitalares. Como o Nexp existe para monitorar as questões referentes à melhoria da experiência do usuário, a equipe pensou nessa estratégia”, explicou Duarte.
Campanha surgiu a partir de pesquisas internas de satisfação e da experiência de pacientes
Executada de forma lúdica e silenciosa, a fim de prender a atenção do colaborador e de quem passava pelos setores, a ação levou o ator por diversas unidades do hospital. Na ocasião, o artista mostrou placas com depoimentos colhidos nas pesquisas. Em seguida, as equipes indicaram alternativas para evitar ruídos. Dentre elas, o uso de fones de ouvido, de aparelhos no modo silencioso e de TVs em volume baixo.
A campanha foi planejada por equipe multiprofissional: coordenação de Enfermagem, Ouvidoria, Serviço Social e Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt).
Segundo Elisfabio Duarte, a dinâmica é uma aposta do HRSC para avançar na construção de uma cultura positiva na assistência. “Os resultados esperados passam por inserir em nossa agenda e cultura organizacional o cuidado com esse aspecto geralmente esquecido: o de que o silêncio no período noturno é fator importante para a própria recuperação do paciente e sua falta acarreta transtornos que eles sentem e nem sempre mencionam”, disse.