Teste foi aplicado para 23 residentes em Neurologia do HGF e do HUWC
A Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), vinculada da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), avançou no projeto de avaliação das habilidades práticas e cognitivas dos profissionais em formação pelos programas de residência da autarquia.
Por meio do Exame Clínico Objetivo Estruturado, a ESP/CE busca aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de 23 estudantes da Residência Médica em Neurologia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), também da Rede Sesa, e do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC). Ambas as unidades mantêm residências em parceria com a Escola.
Apesar de ser uma ferramenta utilizada na graduação em Medicina, o exame ainda não havia sido aplicado na especialidade de Neurologia no Ceará. De acordo com a equipe responsável pelo projeto no HGF, o teste possui duas etapas: a primeira é relacionada a um treinamento de simulação realística e a segunda, à aplicação de questionários de percepção ao fim da fase prática.
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Nas capacitações simuladas, os residentes foram analisados por meio de sete diferentes estações, que compreenderam: realização de exames neurológicos breves; avaliação de pacientes com cefaleia e acometidos por acidente vascular cerebral (AVC) agudo; de pacientes em coma; além das observações de pessoas em crise convulsiva e com declínio cognitivo.
Caráter formativo
Para a chefe da Neurologia do HGF, Fernanda Maia, o setor é estratégico para a aplicação desse tipo de exame. Ela cita os benefícios da metodologia como uma forma de estimular o exercício e a aquisição de múltiplas habilidades. “Não é só para ver o nível em que o residente está, mas também tem um caráter formativo, porque temos, com isso, um possível impacto sobre a performance do aluno na sua prática clínica”, justifica.
Ainda segundo a gestora, a partir da radiografia do perfil desses profissionais, a experiência ajuda na tomada de decisões das coordenadorias dos programas de Residência em Saúde.
Maia percebe, por exemplo, a boa performance em conhecimentos básicos pelos residentes do primeiro ano do curso e a dificuldade deles em conteúdos cujas práticas ainda não foram aprofundadas. “Com isso, podemos fazer correções individualizadas para cada um, melhorando o desempenho dos residentes e consolidando suas formações”, diz.