Na manhã desta sexta-feira (20/1), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, esteve reunido com o ministro José Múcio Monteiro (Defesa) e com os comandantes da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen; do Exército, general Júlio Cesar de Arruda; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno. O encontro tratou sobre propostas de investimentos para a indústria de Defesa no Brasil. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Josué Gomes, e quatro empresários do setor participaram da agenda.
“Tratamos da capacidade de geração de emprego que o Brasil tem na indústria de Defesa”, sintetizou Múcio. Segundo ele, a Fiesp e os empresários puderam propor “soluções para que nós coloquemos recursos na indústria de Defesa brasileira para gerar emprego, gerar divisa e investir na tecnologia”. Para o ministro, este é um investimento de curtíssimo prazo: “precisamos criar mecanismos que tenham dinheiro extraorçamentário para que nós possamos fazer essas coisas”, relevou Múcio. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também participou do encontro.
Esta reunião estava prevista, segundo o ministro, apenas para o final do mês (ou início de fevereiro). Entretanto, foi antecipada atendendo um pedido seu, uma vez que os comandantes das três Forças Armadas conseguiram concluir seus relatórios com celeridade. “Pedi ao presidente que, antes da viagem dele à Argentina, nós apresentássemos os resultados que cada comandante encontrou”, explicou Múcio.
Em entrevista coletiva após o encontro, no Palácio do Planalto, o ministro da Defesa afirmou que a reunião com o presidente Lula não tratou sobre os atentados contra as sedes dos Três Poderes da República, no início do mês. “Isso está com a Justiça”, respondeu.
Questionado sobre que mensagem foi passada aos comandantes das Forças Armadas, José Múcio afirmou que foram palavras de confiança no trabalho de cada um deles e destacou que o sentimento de indignação, em relação à ação dos vândalos, é unânime. “Todos se indignaram com aquilo, não houve quem não se indignasse. De maneira que o presidente Lula disse que acreditava no trabalho deles, tanto que nós hoje tratamos de uma agenda absolutamente diferente”, encerrou o ministro.