Analistas do mercado financeiro revisaram para baixo a projeção de inflação para 2025, marcando a sétima semana consecutiva de ajustes. A estimativa passou de 5,18%, relatada na semana anterior, para 5,17%. Para os próximos três anos, as expectativas foram mantidas inalteradas.
Estimativas de inflação para os próximos anos
Confira como ficaram as estimativas para a inflação nas próximas décadas:
- 2026: continua em 4,50%;
- 2027: segue em 4%;
- 2028: é de 3,80%.
Essas informações fazem parte do relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (14/7) pelo Banco Central do Brasil. Esse relatório sintetiza as análises de mais de 100 especialistas do mercado financeiro, que são consultados semanalmente.
O que é o relatório Focus?
O Relatório de Mercado Focus é uma iniciativa do Banco Central que resume as estatísticas das expectativas coletadas do mercado financeiro. Aqui estão alguns pontos importantes sobre o relatório:
- As estatísticas são calculadas considerando as expectativas coletadas até a sexta-feira anterior à divulgação;
- O Focus é publicado toda segunda-feira;
- O documento inclui gráficos que mostram a evolução das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio (dólar), taxa Selic, entre outros indicadores;
- As projeções são formuladas pelo mercado e não pelo Banco Central, que apenas compila e divulga os dados.
Expectativa em relação à inflação em 2025
A meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2025 é de 3%, com um intervalo de 1,5 ponto percentual (com piso de 1,5% e teto de 4,5%). O cumprimento da meta será considerado se a inflação oscilar dentro dessa faixa de tolerância. Os analistas, portanto, observam com atenção a tendência de queda nas projeções de inflação, mas a realidade econômica ainda deixa grandes desafios a serem enfrentados.
Análise da situação atual da inflação
Recentemente, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atingiu valores acima do teto da meta. Esse fenômeno ocorreu pela primeira vez sob o novo regime de metas, que adota uma abordagem contínua, monitorando o acumulado nos últimos 12 meses. O novo modelo indica que, caso a inflação acumulada ultrapasse a meta por seis meses consecutivos, isso será considerado um descumprimento da meta estabelecida.
Nas previsões atuais, o mercado estima que o IPCA suba 0,25% em julho. Apesar dessa leve expectativa de crescimento, muitos especialistas ressaltam que os dados observados nos últimos meses mostram um cenário inflacionário preocupante, refletindo sobre os custos de vida da população e levando a uma interrogativa sobre a eficácia das ferramentas de controle da inflação pelo Banco Central.
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Em suma, a abordagem do Banco Central em relação à inflação e as projeções do mercado refletem um cenário econômico dinâmico e em constante evolução. O acompanhamento atento das estatísticas e das expectativas é crucial para entender os próximos passos da economia brasileira e suas consequências para o dia a dia da população.