Tragédia em Jataí: professor brutalmente agredido morre

Violência crescente choca a comunidade acadêmica após morte de professor da UFJ em Goiás.

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No último dia 7 de julho, o professor Marco Antônio de Oliveira Viu, da Universidade Federal de Jataí (UFJ), faleceu após passar oito dias internado no Hospital Santa Mônica, em Aparecida de Goiânia. Ele foi brutalmente agredido com pedras e chutes na cabeça após deixar um bar em Jataí, Goiás. O ocorrido chocou a comunidade acadêmica e o público em geral, levantando questões sobre a violência crescente em várias cidades brasileiras.

Detalhes do crime

As circunstâncias do ataque foram registradas por câmeras de segurança do local. As imagens mostram um grupo de quatro indivíduos atacando Marco com uma pedra e tijolos, enquanto ele cai desacordado após a primeira agressão. O ataque se intensifica com os suspeitos chutando a vítima repetidamente. Graças ao trabalho da Polícia Civil de Goiás (PCGO), todos os suspeitos já foram presos e estão sendo investigados.

De acordo com o delegado Marlon Souza, os agressores eram amigos e se encontraram em um bar na madrugada do dia do crime. Após um breve período, decidiram sair, mas, ao retornar ao estacionamento para recuperar um celular que havia sido esquecido no carro, perceberam a presença de Marco nas proximidades. A tensão aumentou devido a uma situação não esclarecida.

“Alegaram que a vítima teria sacado um canivete, mas as imagens mostram que, na verdade, o professor tirou o canivete do bolso somente após ser cercado pelos autores, que então o agrediram violentamente”, esclareceu o delegado.

Reações da comunidade acadêmica

A Universidade Federal de Jataí (UFJ) se manifestou nas redes sociais, lamentando a perda do professor e condenando a violência que resultou em sua morte. Em respeito à memória de Marco, a UFJ decretou luto oficial por três dias, suspendendo atividades administrativas e acadêmicas não essenciais. A universidade enfatizou a importância da valorização da vida e o combate à violência na sociedade.

“Que sua trajetória inspire reflexão sobre a valorização da vida e o combate à violência em nossa sociedade”, publicou a universidade em uma nota.

Além da declaração da UFJ, o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) também expressou seu pesar pela morte de Marco Antônio. “O professor Marco Antônio foi mais uma vítima da violência que insiste em ceifar vidas e abalar famílias, comunidades e instituições. Sua partida representa uma perda irreparável para a UFJ e para toda a comunidade acadêmica”, afirmou o sindicato, destacando a importância do compromisso do professor com o ensino público, gratuito e de qualidade.

Aumento da violência e suas implicações

A crescente onda de violência em várias cidades brasileiras tem gerado preocupação nas comunidades e entre os gestores públicos. Casos como o de Marco Antônio revelam uma realidade alarmante que afeta não apenas as vítimas, mas também as famílias e a sociedade como um todo. Especialistas em segurança pública e direitos humanos pedem uma reflexão mais profunda acerca das causas da violência, que incluem desigualdade social, falta de educação e ausência de políticas públicas eficazes.

A brutalidade do ato realizado contra o professor traz à tona a urgência de ações governamentais e comunitárias que visem não apenas a punição dos agressores, mas também a prevenção de futuros casos e a promoção de um ambiente mais seguro para todos os cidadãos. A morte de Marco Antônio deve ser um chamado à ação, inspirando esforços que possam contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e pacífica.

Enquanto a comunidade acadêmica chora a perda de um educador valoroso, é essencial que essa tragédia não seja esquecida e que sirva como um catalisador para mudanças necessárias na abordagem da violência em nosso país. Apenas a tomada de consciência e a ação coletiva poderão reverter esse quadro alarmante que, infelizmente, se tornou parte da rotina de muitos brasileiros.

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