Thiago Medeiros, um personal trainer de 32 anos do Rio de Janeiro, se viu em uma situação aterradora durante um encontro de automóveis antigos em Águas de Lindóia, em São Paulo. Ao tentar defender mulheres de um assédio no bar onde estava, ele sofreu uma agressão brutal que resultou em 45 pontos no rosto. O incidente, que ocorreu na madrugada do dia 21 de junho, não apenas deixou ferimentos físicos profundos, mas também impactou significativamente o psicológico de Thiago.
O ataque e suas consequências
Após intervir em uma situação onde uma mulher estava sendo assediada, Thiago foi agredido com socos e com um copo de vidro. O ataque foi tão violento que ele ficou desacordado por um momento. “Foi uma brutalidade”, descreve uma amiga que esteve presente e testemunhou toda a cena. “Ele estava apenas tentando ajudar.” Thiago passou por exames no Hospital da Unimed em Piracicaba e recebeu alta no mesmo dia, mas a luta dele estava longe de terminar.
Atualmente, ele se encontra sem trabalhar e vive uma intensa preocupação financeira. “Estou sem atender clientes há duas semanas e devo ficar pelo menos mais uma afastado”, conta. Thiago depende de uma reserva financeira e da ajuda dos pais para conseguir pagar suas contas. Ele revela que está enfrentando dificuldades ainda maiores com as cicatrizes no rosto. “Vão ficar marcas que vou ter que fazer processos estéticos”, lamenta.
A busca por justiça
A Polícia Civil de São Paulo está investigando o caso, mas ainda não conseguiu identificar o agressor. O delegado responsável pela investigação, Percival Bueno Netto, mencionou que a presença maciça de turistas na cidade dificultou a identificação do suspeito. “Ele estava apenas de passagem”, explica o delegado. Apesar disso, Thiago defende que a agressão deveria ser tratada como uma tentativa de homicídio, dada a gravidade da situação. “Ele pegou o copo e me agrediu várias vezes; isso é uma tentativa de homicídio”, afirma, coberto de frustração e desejo de justiça.
Impacto psicológico e necessidade de tratamento
Além das sequelas físicas, Thiago está lidando com o estresse emocional que segue um evento tão traumático. Ele fala sobre sua dificuldade em sair de casa e como isso tem afetado seu cotidiano. “Toda a situação me mexeu muito psicologicamente”, diz. As cicatrizes não são apenas visíveis; há uma dor interna que não passa desapercebida.
Ainda que tenha recebido alguma assistência médica, os custos para tratamentos estéticos são preocupantes. “Uma consulta com o cirurgião plástico chega a mil reais; eu não posso arcar com isso agora”, ele lamenta. Com sua esposa desempregada e uma série de contas a pagar, a situação financeira se torna ainda mais complicada.
Apelo por mudanças e segurança
Thiago também se une à voz de muitos que pedem mudanças nas abordagens da segurança em eventos públicos e na proteção às mulheres. “É triste ver que, ao tentar ajudar, algo assim possa acontecer”, desabafa. Para ele, a atenção e a segurança são fundamentais, não só para os homens, mas especialmente para as mulheres que são alvos de assédio em situações cotidianas.
A equipe do evento de carros antigos, que ocorreu em Águas de Lindóia, comentou que está comprometida em garantir a segurança e integridade de todos os participantes. “Estamos colaborando com a justiça e repudiamos veementemente qualquer forma de violência”, garantiram em nota institucional.
Próximos passos
Os próximos passos para Thiago incluem aguardar o desenrolar das investigações e buscar alternativas para o tratamento de suas cicatrizes. Ele aguarda que a sociedade possa aprender com a situação ocorrida, insistindo que “é possível garantir um espaço seguro para todos”. Enquanto isso, ele continua a acompanhar as atualizações da investigação e espera encontrar não só sua recuperação, mas também a justiça que merece.
Se você gostaria de saber mais detalhes sobre essa história ou acompanhar as atualizações, fique atento às próximas notícias.
