No último dia 7 de novembro, um caso alarmante de possível negligência ocorreu em Ipiaú, no sul da Bahia, onde uma idosa de 69 anos foi esquecida dentro de uma unidade de saúde enquanto recebia medicação intravenosa. O incidente trouxe à tona questões cruciais sobre a segurança e o cuidado oferecidos nas instituições de saúde do estado, destacando a necessidade de melhorias no atendimento aos pacientes.
O que aconteceu?
De acordo com relatos, a idosa estava recebendo tratamento médico quando, após o término do procedimento, percebeu que estava sozinha na unidade, pois todos os funcionários haviam se retirado. Em um momento de desespero, ela contatou sua filha, Cíntia Assunção, que mora em Salvador, para pedir ajuda.
Reação da família e do município
“A situação foi desesperadora. Todo mundo foi embora e deixou minha mãe, uma senhora de 69 anos, sozinha. Não havia enfermeiro, médico ou qualquer outro funcionário presente. E, além disso, ela ainda estava com a medicação na veia”, relatou Cíntia, claramente abalada. A ligação da mãe aconteceu por volta das 12h, mas a porta da unidade de saúde só foi aberta novamente às 14h, colocando a idosa em uma situação extremamente vulnerável.
Por conta da gravidade do ocorrido, a família está considerando tomar medidas legais contra a unidade de saúde, com o objetivo de garantir que outros pacientes não enfrentem uma experiência semelhante de descaso. Esse caso levanta preocupações não apenas sobre a segurança de pacientes como a idosa, mas também sobre a responsabilidade das instituições de saúde em zelar pela dignidade e bem-estar dos atendidos.
Nota da Prefeitura
Em resposta à situação, a prefeitura de Ipiaú divulgou uma nota oficial lamentando o ocorrido. Segundo a administração municipal, a unidade de saúde tem um horário de fechamento durante o almoço, e as falhas na verificação de que não havia pacientes nos locais foram reconhecidas. O município ainda se comprometeu a ajudar a idosa logo após o incidente e prometeu tomar providências administrativas para investigar o caso e evitar que eventos similares voltem a acontecer.
Casos semelhantes em unidades de saúde na Bahia
Infelizmente, esse não é um caso isolado. Outros relatos sobre pacientes esquecidos em situações de vulnerabilidade emergem, como o de uma mulher que foi deixada em uma máquina de ressonância magnética e de uma criança de apenas 3 anos que ficou sozinha dentro de uma van escolar. Esses episódios levantam questionamentos sobre a eficiência e a responsabilidade nos cuidados prestados nas instituições de saúde e educação.
As consequências de tais incidentes impactam não apenas a saúde dos indivíduos envolvidos, mas também abalam a confiança da população nas instituições que têm a obrigação de cuidar e proteger seus cidadãos. Com um aumento nas reclamações e a pressão social crescendo, muitas famílias buscam justiça e melhorias significativas na qualidade do atendimento recebido.
O que pode ser feito
Para impedir que eventos como o ocorrido em Ipiaú se repitam, é fundamental que as unidades de saúde implementem protocolos de segurança mais rigorosos. A valorização da equipe de saúde, formação contínua e uma comunicação eficaz entre funcionários e pacientes são essenciais para garantir que todos recebam atendimento com dignidade e atenção.
A população deve estar informada sobre seus direitos e é crucial que se façam denúncias de negligência, além de exigir melhorias na condição dos atendimentos. Dessa forma, todos terão acesso a uma saúde digna e a ambientes seguros.
Espera-se que a administração municipal de Ipiaú tome medidas efetivas para solucionar a situação da idosa esquecida, ao mesmo tempo que implementa ações que previnam a repetição de tais descasos, assegurando um ambiente de saúde mais seguro e acolhedor para todos os pacientes.