BRICS reafirma compromisso com a reforma da governança global

No Brasil, cúpula do BRICS destaca a urgência de um sistema internacional mais justo e equitativo, focando na inclusão e no multilateralismo.

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Na recente Cúpula do Futuro, o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) reiterou seu compromisso com a reforma e o aprimoramento da governança global. A declaração emitida pelos líderes do bloco enfatizou a necessidade de um sistema internacional mais justo e equitativo, com um foco especial na promoção do multilateralismo e na defesa do direito internacional.

Principais pontos abordados na declaração

A declaração fez menção ao Pacto do Futuro adotado na cúpula, que inclui o Pacto Digital Global e a Declaração sobre as Gerações Futuras. Os líderes dos países enfatizaram a importância de adaptar a arquitetura atual das relações internacionais para refletir melhor as realidades contemporâneas, destacando a centralidade da ONU e a cooperação entre estados soberanos.

Importância do multilateralismo

O multilateralismo foi citado como um dos pilares essenciais para manter a paz e a segurança internacionais. A declaração ressalta que a obtenção de um desenvolvimento sustentável e a promoção dos direitos humanos devem ser prioridades dos líderes globais. O compromisso com a democracia e as liberdades fundamentais para todos também foi enfatizado, bem como a importância da cooperação baseada na solidariedade e na justiça.

Foco nos países em desenvolvimento

Os países que compõem o BRICS chamaram atenção para a necessidade de maior participação e representação dos Países em Desenvolvimento e Mercados Emergentes (PDMEs), assim como dos países menos desenvolvidos (PMD), em processos decisórios globalmente relevantes. Isso é particularmente pertinente para nações da África e da América Latina e do Caribe, que historicamente têm enfrentado desafios significativos no que diz respeito à inclusão nesses fóruns internacionais.

Representação geográfica equitativa

Outro ponto crucial levantado na declaração foi a urgência de uma representação geográfica equitativa na Secretaria das Nações Unidas e em outras organizações internacionais. Os líderes do BRICS ressaltaram a importância de aumentar o papel e a participação das mulheres, especialmente das que vêm de países em desenvolvimento, em todos os níveis de liderança e responsabilidade dentro dessas estruturas. Essa inclusão é vista como um passo vital para alcançar um sistema de governança global mais equilibrado e representativo.

Transparência e inclusão nos processos decisórios

Os líderes do BRICS também destacaram que o processo de seleção e nomeação das lideranças executivas e altos cargos na ONU deve ser guiado por princípios de transparência e inclusão. A declaração pede atenção na contratação de profissionais com uma ampla base geográfica, evitando o monopólio de cargos de alto escalão por cidadãos de um único país ou grupo de países. Tal medida visa garantir que as decisões tomadas no âmbito das Nações Unidas reflitam uma diversidade de perspectivas.

O cenário mundial atual exige uma governança que considere as novas dinâmicas interacionais e o incremento no número de vozes que têm a chance de influenciar as decisões globais. O compromisso do BRICS com essas reformas pode ser visto como um reflexo do desejo dos países em desenvolvimento de trazer suas demandas e realidades para o centro das discussões globais.

Conclusão: um passo em direção ao futuro

A declaração da cúpula representa um passo significativo em direção a um futuro onde a governança global é mais inclusiva e representativa. O BRICS, ao reafirmar seu compromisso com a reforma da governança, abre um espaço para um diálogo mais aberto e colaborativo entre as nações, promovendo uma visão de mundo onde todos os países, independentemente de seu tamanho ou poder, tenham voz nas decisões que afetam o destino coletivamente. Esse processo não apenas enriquece a governança internacional, mas também contribui para um mundo mais justo e equitativo.

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