17ª cúpula do Brics discute temas cruciais para a política global

Chefes de Estado de 30 países se reúnem no Rio para debater multilateralismo e desafios globais.

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Chefes de Estado e representantes de mais de 30 países se reúnem neste domingo (6 de julho) e na segunda-feira (7 de julho) para a 17ª Cúpula de Líderes do Brics, que acontece no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro. Sob a presidência brasileira de Luiz Inácio Lula da Silva, os países buscam consenso para uma declaração final que aborde temas prioritários na agenda internacional.

Temas principais da cúpula do Brics

Nesta cúpula, os líderes discutirão a defesa do multilateralismo, a reforma de organismos globais, o combate às mudanças climáticas, a segurança global e a saúde pública. O objetivo é que o documento final inclua declarações conjuntas sobre inteligência artificial, financiamento climático e erradicação de doenças, refletindo as preocupações e prioridades do bloco.

Além disso, os líderes debatem três temas-chave que já foram discutidos em níveis anteriores, como a reforma do Conselho de Segurança da ONU, o conflito no Irã e a questão palestina. A busca por um consenso sólido sobre esses pontos será levada para o nível de chefes de Estado, o que indica a relevância e urgência dessas questões no cenário político atual.

Composição do Brics

  • O Brics é formado por 11 países membros: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
  • Além dos membros permanentes, outros dez países atuam como parceiros: Bielorrúsia, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
  • O principal objetivo do bloco é promover a cooperação entre os países em diversas áreas, como econômica, política e social, contribuindo para o desenvolvimento de seus membros.
  • A presidência brasileira destacou seis temas prioritários: cooperação em saúde global, comércio, investimento e finanças, combate à mudança do clima, governança em inteligência artificial, arquitetura multilateral de paz e segurança, e desenvolvimento institucional do Brics.

Desafios e ausências notáveis

A cúpula também é marcada pela ausência de alguns grandes líderes, o que pode impactar as discussões. O presidente da China, Xi Jinping, não comparecerá pessoalmente e será representado pelo primeiro-ministro Li Qiang. Já o presidente da Rússia, Vladimir Putin, participará por videoconferência devido a um mandado de prisão em aberto pelo Tribunal Penal Internacional, o que levanta questões sobre sua participação nas discussões de segurança global.

A presença reduzida de lideranças de alto nível pode influenciar a dinâmica das negociações e o alcance dos resultados desejados pela cúpula. Analistas internacionais observarão atentamente como essas ausências impactarão a busca por um consenso em temas tão cruciais.

Programação do evento

A programação da cúpula inclui uma série de sessões que abordarão temas fundamentais. Na manhã do primeiro dia, ocorrerá a cerimônia de chegada dos líderes, onde o presidente Lula receberá os convidados e posará para a fotografia oficial. Em seguida, participarão de uma sessão plenária focada em paz, segurança e reforma da governança global.

Após o almoço, Lula dará boas-vindas a chefes de delegação de organismos internacionais, além de países convidados e parceiros. Durante a tarde, serão discutidos assuntos relacionados ao fortalecimento do multilateralismo, economia e inteligência artificial. Para encerrar o dia, Lula e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, oferecerão um jantar formal em homenagem aos líderes presentes.

No segundo dia da cúpula, uma sessão plenária abordará questões relacionadas ao meio ambiente, destacando a importância da COP30 e as iniciativas de saúde global. O encerramento do evento promete reunir consensos sobre os desafios enfrentados pelos países do Brics, reforçando a necessidade de um esforço conjunto para a construção de um futuro sustentável.

Por meio de suas discussões, a cúpula do Brics busca não apenas aprofundar as relações entre seus membros, mas também se posicionar como uma força importante no cenário internacional, defendendo a cooperação global em um momento de incertezas e desafios coletivos.

Para mais detalhes sobre a cúpula e seus desdobramentos, acesse a cobertura completa no Metrópoles.

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