Uma triste notícia abalou os planos de viagem de pelo menos 50 pessoas de Serrana (SP). A agência de turismo situada em Ribeirão Preto (SP) anunciou sua falência, cancelando pacotes de viagens e deixando clientes em situação de desamparo. As informações foram divulgadas esta semana, quando a empresa comunicou aos seus clientes, via redes sociais, a grave situação.
Cancelamentos de viagens e desespero entre os clientes
Após o anúncio de falência, até agora, 30 boletins de ocorrência já foram registrados e a polícia iniciou uma investigação sobre o caso. Os clientes estão sendo orientados a solicitar o bloqueio das compras realizadas com cartão. O comunicado da agência afirmou que sempre atuaram com honestidade e expressou pesar pela não entrega dos serviços. Contudo, isso não trouxe conforto para aqueles que sonhavam com suas viagens.
Uma das clientes, que preferiu não se identificar, relatou que planejava viajar com sua filha de 14 anos para o Chile no dia 13 de julho, tendo pago quase R$ 8 mil via Pix. “Fiquei em estado de choque ao ver o comunicado. Tentei contato com a dona da agência e a família dela, mas não recebi retorno. A situação foi angustiante,” afirmou a mulher, que teve sua primeira viagem internacional cancelada.
Outro cliente, um moto táxi que preferiu manter a identidade em sigilo, descreveu a frustração de ter fechado dois pacotes para Maceió e Chile, totalizando R$ 12 mil parcelados em cartões. “Estou tentando o estorno e registrei o boletim. Estou vivendo um pesadelo. É muito frustrante,” revelou.
Consequências legais e a luta por ressarcimento
A empresária Izabel Malaguti e sua prima, Daniela Teixeira Eugênio, também foram vítimas da crise que abalou a agência. Elas se preparavam para uma viagem a Maceió, com um custo de R$ 8,5 mil, programada para 2026. Izabel comentou: “Não consegui estornar ainda. Fui ao banco, mas eles alegam que fiz a compra e aceitei as condições.” A angústia aumenta ao sentirem a pressão por honrar as parcelas devido ao empréstimo de cartão.
O advogado João Pedro Silvestrini destacou que, se provadas más intenções da agência, os responsáveis poderão ser indiciados sob acusações cíveis e criminais. “Se houver evidências de dolo, podem ser responsabilizados por estelionato,” afirmou. Além disso, os clientes têm o direito de reivindicar na Justiça o ressarcimento de seus prejuízos, mesmo que a empresa tenha declarado falência.
A luta dos consumidores diante da situação
Os relatos de frustração e impotência são recorrentes entre os clientes afetados. As vítimas se mostram preocupadas não apenas com a perda financeira, mas também com a possibilidade de terem que enfrentar novas dívidas por conta das parcelas ainda pendentes. “É desolador, porque representa um sonho sendo desmoronado. Agora, teremos que pensar em outra viagem, o que será difícil e demorará um tempo,” desabafou uma das clientes.
Além disso, os clientes estão se unindo para buscar soluções conjuntas, compartilhando informações e orientações sobre os passos a seguir. Muitos consideram a possibilidade de criar uma associação temporária para maximizar suas chances de ressarcimento e apoio legal.
A situação busca uma resolução
Embora a falência da agência tenha causado um grande transtorno e frustrações, os clientes também mostram resiliência nesta situação. Enquanto aguardam a confirmação de seus direitos e uma resolução no caso, a solidariedade entre os afetados ajudará a amenizar as dificuldades enfrentadas. A comunidade de Ribeirão Preto vê o caso como uma lição sobre a importância de pesquisar e verificar a credibilidade de empresas antes de realizar transações financeiras significativas.
À medida que o caso continua a se desenrolar, tanto os consumidores quanto as autoridades estão atentos às próximas movimentações legais. O intuito é que as vítimas possam, ao menos, reaver parte do que perderam nesta inesperada reviravolta.
Para mais informações sobre o caso e atualizações, os interessados podem acompanhar as notícias através do portal G1 e nas redes sociais da EPTV.